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Fibrose pulmonar idiopática é a maior causa de transplante

A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma condição da família das fibroses que prejudica a função pulmonar de maneira irreversível. Caracterizada pelo surgimento de cicatrizes de origem desconhecida nos pulmões, a FPI costuma ser mais comum entre homens de 40 a 70 anos, fumantes, e pessoas expostas à poeira diariamente. Seus principais sintomas são a falta de ar, tosse seca persistente, perda de peso sem motivo aparente, dores musculares e nas articulações e cansaço prolongado. 

Por causa de sua evolução imprevisível e mortalidade elevada, é muito importante que os sinais da doença sejam diagnosticados de forma precoce e o tratamento seja feito com medicamentos antifibróticos, para diminuir a progressão da enfermidade ou estabilizá-la visando preservar a qualidade de vida do paciente.

Transplante de pulmão para prolongar a vida e proporcionar bem-estar ao paciente

Quando a fibrose pulmonar avança para estágios que podem prejudicar a qualidade de vida, o transplante pulmonar pode ser uma opção para o tratamento desse paciente. O primeiro transplante de pulmão bem-sucedido foi realizado em 1983, em Toronto, Canadá, pelo Dr. Joel Cooper. O paciente recebeu um transplante pulmonar unilateral e viveu por mais de cinco anos.

Atualmente, em países como Estados Unidos, Canadá e alguns da Europa, a fibrose pulmonar – doença que corresponde a, aproximadamente, 35% das indicações de transplante – é a principal indicação para o transplante pulmonar, que pode ser unilateral ou bilateral. Enquanto o transplante unilateral costuma ser realizado em pacientes mais idosos, o bilateral é a melhor opção para aqueles mais jovens. Segundo o Dr. Carlos Henrique Boasquevisque, cirurgião transplantador do Hospital São Lucas Copacabana, pertencente à Dasa, hoje há uma tendência a considerar mais a idade fisiológica do paciente do que simplesmente a cronológica.

Além da fibrose pulmonar idiopática e as demais doenças pulmonares intersticiais, o transplante de pulmão também é indicado para casos avançados de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), fibrose cística, hipertensão arterial pulmonar e outras, desde que o paciente preencha os rígidos critérios estabelecidos para essa terapêutica, com a finalidade de otimizar os resultados.

Com a realização bem-sucedida do transplante de pulmão e a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia, como alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos, consultas regulares com o especialista e uso de medicamentos imunossupressores, o paciente com fibrose pulmonar idiopática é capaz de ter uma vida normal, com muita qualidade e bem-estar.

No Rio de Janeiro, o Hospital São Lucas Copacabana é um dos poucos do estado a ser credenciado pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT), do Ministério da Saúde, para realizar transplante de pulmão. 

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