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Páscoa: como é o complexo caminho dos ovos de chocolate até o consumidor

Uma das épocas mais importantes do varejo nacional, a Páscoa deve movimentar cerca de R$3,44 bilhões em 2024, de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O que muitos não imaginam é que, por trás da magia e do encanto deste feriado, está uma complexa cadeia de eventos que permite que o tradicional doce chegue em suas residências.

Desde a concepção até a entrega, cada etapa requer precisão, planejamento e um intrincado equilíbrio de produção, programação e transporte, envolvendo muito mais do que simplesmente moldar chocolate em formas de ovos e embrulhá-los em papel brilhante.

“A jornada complexa do ovo de Páscoa destaca a importância de uma cadeia logística eficiente e do uso de tecnologias de ponta. Na era digital, é essencial adotar soluções inteligentes que otimizem cada etapa desse processo complexo, desde o planejamento da produção até o consumidor final”, explica Fabio Sas, sócio e diretor comercial da Linear Softwares Matemáticos, empresa brasileira desenvolvedora de softwares voltados para a otimização de processos de supply chain.

Planejamento e demanda

O planejamento cuidadoso da produção é essencial quando se trata de produtos sazonais como os ovos de Páscoa. Começando meses antes do feriado, as empresas de chocolate e varejistas precisam antecipar e analisar a demanda esperada, levando em consideração uma série de fatores, como tendências de mercado, comportamento do consumidor e histórico de vendas.

Essa previsão precisa é crucial para determinar a quantidade de ovos a serem produzidos, evitando tanto a escassez quanto o excesso de estoque. Devido à janela de produção limitada, são necessárias estratégias para maximizar a eficiência e garantir que os produtos estejam prontos para serem distribuídos no momento certo, atendendo à demanda sazonal e proporcionando uma experiência satisfatória aos consumidores.

“Aqui, o grande problema é justamente a sazonalidade e especificidade da Páscoa. Os ovos de Páscoa que não foram vendidos acabam se tornando perdas para as empresas, pois, para liquidar seus estoques, acabam tendo seus preços de venda derrubados e suas margens reduzidas”, explica Fabio.

Transporte e armazenamento

Na hora do transporte, mais desafios são enfrentados pelas empresas, seja a caminho das gôndolas ou para centros de distribuição. Devido à sua fragilidade, os produtos precisam de embalagens individuais robustas e resistentes para proporcionar proteção contra danos mecânicos. A umidade e a temperatura também devem ser precisamente controladas.

“Além disso, ovos de Páscoa são ocos, e ocupam muito mais espaço que barras de chocolate convencionais, por exemplo, aumentando seus custos de frete. Ter um ovo de chocolate avariado é arcar com perdas significativas para a empresa”, explica Sas.

Como as empresas não possuem a capacidade de produção para atender toda a demanda em um período curto de tempo, a produção deve iniciar com certa antecedência da data comemorativa. Com isso, o armazenamento se torna outro fator importante a ser levado em conta.

“Muitas vezes, em um país quente como o Brasil, os produtos devem ser estocados em armazéns climatizados, meses antes de chegarem às prateleiras. Além disso, as marcas devem planejar onde serão os locais para armazenar os ovos, levando em conta uma série de informações, como capacidade de atendimento, demanda, impostos e transporte”, explica o diretor da Linear Softwares Matemáticos.

Ferramentas de otimização para superar os desafios

De acordo com o estudo Own Your Transformation, do IMB IBV (Institute for Business Value), 60% dos executivos brasileiros de Supply Chain estão utilizando abordagens preditivas nas operações da cadeia de suprimentos como forma de gerenciar riscos, além de 49% dos entrevistados confirmarem que estão acelerando investimentos.

No caso específico dos ovos de chocolate, uma produção, armazenagem e transporte eficiente representam economia de milhões de reais para as marcas. Afinal, um ovo de chocolate avariado perde quase que completamente o seu valor de mercado. Já um ovo em perfeito estado, mas que não foi vendido, representa uma perda para a companhia.

Nesse sentido, soluções avançadas podem ajudar as marcas a superarem desafios complexos da cadeia de produção. Com certas ferramenta de planejamento diário de distribuição primária de produtos finais, é possível, por exemplo, realizar todo o planejamento de abastecimento e composição de cargas, determinado pela demanda do mercado e pela produção fabril da empresa.

Com isso, é possível ter um maior controle e assertividade no planejamento de distribuição, reduzir perdas devido a quebras de venda, diminuir custos de frete e impostos, além de aumentar o índice de atendimento.

“Com os desafios impostos no gerenciamento da capacidade de produção e armazenamento, as empresas estão constantemente buscando soluções inovadoras para otimizar seus processos e garantir que os consumidores tenham acesso aos seus produtos no momento certo e com a qualidade desejada”, conclui Fabio.

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