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Salário médio de contratação registrou queda de 3,95% em 2021, a primeira redução em cinco anos.

Contratação cai 3,95% do salário médio em comparação à média paga em 2020 para novas vagas com carteira assinada, em valores corrigidos pela inflação

O salário médio de contratação teve queda de 3,95% em comparação com a média paga em 2020 para novas vagas com carteira assinada, em valores corrigidos pela inflação, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta segunda-feira (31). O recuo resultou na primeira queda em cinco anos. A pesquisa também mostra o recuo do salário médio de admissão em dezembro de R$ 1.793,34, o que representa uma queda de R$ 115,85, 6,07% em relação aos salários pagos em 2020, valor de R$ 1.909,19.

Mesmo o país voltando a criar empregos com carteira assinada em 2021, o salário médio de contratação em vagas com carteira assinada recuou pela primeira vez em cinco anos. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e da Previdência, o salário médio de admissão no ano passado foi de R$ 1.921,19, contra R$ 2.000,26 em 2020, em valores corrigidos pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

No período de um ano, a redução chegou a R$79,09 no valor do salário médio de contratação oferecido para novas vagas de emprego formal no Brasil. O país não registrava esse tipo de queda desde 2016. Neste ano, a redução foi menor, de 1,4%.

Setores que impulsionam queda

Alguns setores impulsionaram a queda do salário médio de contratação no país. Conheça quais foram os que influenciaram na diminuição no valor de remuneração com carteira assinada no país. O setor de serviços ficou 5,16% menor; construção 4,70%; comércio e reparação de veículos 3,37%; agropecuária 3,01%; e indústria -1,54%.
Em contrapartida, alguns setores obtiveram salários iniciais mais altos de 2021, são os setores de serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas R$ 2.175.

Alguns setores de serviço obtiveram queda influenciados pelos efeitos da pandemia de covid-19 e ainda não conseguiram retomar valores antes da crise sanitária. São eles: serviços domésticos R$ 1.410 e de alojamento e alimentação R$ 1.445,21. Em meio à inflação acima de 10% e uma taxa de desemprego ainda elevada no país, a renda do trabalhador caiu em 2021 tanto no mercado formal quanto no informal. Os números divulgados pelo Ministério do Trabalho mostram que o Brasil gerou 2,73 milhões de empregos com carteira assinada em 2021, após ter perdido 191.455 vagas formais em 2020.

Foto: Divulgação

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