DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Com início da COP 26, governo do Amazonas apresenta suas estratégias para reduzir as mudanças climáticas

A COP-26, que começou neste domingo e seguirá até o dia 12, discute ações climáticas que possam fortalecer o combate ao aquecimento global com base nas metas do Acordo de Paris, pacto assinado em 2015

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Glasgow, no Reino Unido, já está sendo realizada e vai até o dia 12 de novembro, com a participação de 200 países que deverão apresentar seus planos de corte de emissões até 2030, concordando em promover mudanças para que o aquecimento global se mantenha abaixo de 2°C acima dos níveis industriais e tentar alcançar 1,5°C para evitar uma tragédia climática, como alertam os cientistas.

O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, que irá participar da conferência representando o Amazonas, está com grandes perspectivas sobre o evento.

“O Amazonas apresentou a sua estratégia estadual de redução de emissões e desenvolvimento sustentável e essa é uma estratégia ousada que estamos adotando, sendo um compromisso do governo com ações concretas para evitar as mudanças climáticas, através de um mecanismo que vai remunerar os esforços que temos feito para reduzir as emissões de gases e em especial, o desmatamento e as queimadas. Nossa participação nesse encontro é essencial e iremos fazer isso com muita responsabilidade, com o objetivo do desenvolvimento sustentável, redução de pobreza e geração de renda em especial para o interior do nosso estado” , enfatizou o secretário.

Ele afirmou ainda que o governo está regulamentando a sua política estadual de serviços ambientais, através de mecanismos de remuneração como o REDD+ (Conaredd, em que REDD significa Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), para acessar pagamentos por resultados de mitigação. Nesse sentido, o Estado também está na fase final de regulamentação da sua Lei de Serviços Ambientais e Mudanças Climáticas, que regulamenta o Programa de Regulação do Clima e Carbono e o subprograma estadual de REDD+, já que com isso o estado irá poder fazer investimentos em unidades de conservação, na melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas e parte desse investimento será destinado ao fortalecimento de uma economia competitiva, impacto econômico, redução de pobreza e baixas emissões de carbono.

Reconhecendo o seu compromisso nos esforços das reduções de emissões, o Amazonas também aderiu à campanha global Race to Zero – movimento das Nações Unidas para conter o aquecimento global – e também à Coalizão Leaf, uma rede global voluntária de empresas e governos para fornecer financiamento para a conservação de florestas tropicais e subtropicais, o que permitirá a realização de acordos de compra e venda de créditos de carbono.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ficou de fora da lista de 117 chefes de Estado e autoridades que participam nesta segunda-feira e na terça-feira, 2, da primeira parte do segmento de alto nível da COP-26, que ocorre em Glasgow, na Escócia. Bolsonaro está em Pádua, terra de seus antepassados, depois de participar da reunião de cúpula das 20 maiores economias do globo (G20), realizada no final de semana, em Roma.

Na COP26 também se espera o anúncio de regras para a implantação do Acordo de Paris – que uniu todas as nações sobre os esforços globais para reduzir as mudanças climáticas e as emissões de gases do efeito estufa –  e medidas importantes como a mudança mais rápida para o uso dos carros elétricos, a aceleração para a eliminação da energia a carvão, diminuir drasticamente o corte de árvores e a proteção das pessoas dos impactos das mudanças climáticas.

O que é a COP-26?

A COP-26, que começou neste domingo e seguirá até o dia 12, discute ações climáticas que possam fortalecer o combate ao aquecimento global com base nas metas do Acordo de Paris, pacto assinado em 2015. A conferência ocorre em um momento em que eventos climáticos extremos – como secas, inundações e ondas de calor – têm sido cada vez mais frequentes.

O relatório do IPCC, painel intergovernamental de mudanças climáticas da ONU, mostrou este ano que o planeta deve ficar 1,5ºC mais quente do que na era pré-industrial já na década de 2030, dez anos antes do inicialmente previsto. Por isso, decisões políticas tomadas pelos líderes ao longo da COP-26 são determinantes para salvar o planeta, mas há grandes desafios para chegar a um acordo.

Etelvina Souza, da Redação

Foto: Divulgação / Ministério do Turismo

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