COVID-19CULTURADESTAQUE

Paulinho Faria, eterno apresentador do Boi Garantido, morre vítima da Covid-19

Falecimento do artista foi confirmado por familiares na tarde desta segunda-feira (22/02)

Morreu em Manaus na tarde desta segunda-feira (22/02), o eterno apresentador do Boi Garantido Paulinho Faria, 61, vítima da covid-19. A informação foi confirmada pela família. O artista parintinense tinha sido transferido de Parintins sua cidade natal para continuar o tratamento contra a covid-19 em Manaus no início desse mês de fevereiro.

Nas rede sociais Zezinho Faria, irmão de Paulinho lamentou a perda. “Com imensa tristeza que comunico que neste instante acabou de falecer o meu querido irmão Paulinho Faria“.

Segundo seu irmão Zezinho, ao ser internado o irmão estava com 75% dos seus pulmões comprometidos pela doença. Ele foi entubado no último sábado (20/02), após complicações decorrentes da doença.

Ex-apresentador

O ex-apresentador foi eternizado na baixa de São José, na inauguração da Universidade do Folclore “Paulinho Faria” na antiga Cibrazem, em 2009. Na época, revelado e lançado ainda na década de 80 por Paulinho Faria, o atual apresentador Israel Paulain agradeceu ao Paulinho e ao irmão dele Zezinho Faria, pela contribuição artística e apoio dentro da agremiação.

Paulinho Faria acumulou 24 vitórias no Festival Folclórico de Parintins durante 26 anos como apresentador do Garantido. Na única derrota, ele perdeu de 10 a 0, as três noites, o que, por si só, desqualifica o resultado. Tirando toadas Paulinho, nos últimos anos, não precisava nem falar. Bastava levantar o microfone e a torcida entrava em transe.

O radialista-apresentador impulsionou o Festival de Parintins à base de rivalidades. Primeiro, contra Armando Carvalho, talentoso apresentador do Caprichoso. Depois contra Zé Maria Pinheiro. O rival tinha um serviço de som e ele criou um para a empresa do pai, a famosa picape amarela, pretexto para usá-lo no Garantido. Zé Maria, para completar, torcia pelo clube de futebol Amazonas, adversário histórico do “azulão”. Então, de janeiro a janeiro, fosse no futebol ou no festival, os dois saiam pelas ruas se digladiando.

Pular para o conteúdo