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Apesar da situação crítica, Manaus não terá prioridade na vacinação contra covid-19, informa Pazuello

Em visita à capital amazonense, nesta segunda-feira, ministro da Saúde disse que as vacinas chegarão, simultaneamente, a todos os estados brasileiros três ou quatro dias após a liberação pela Anvisa

Ana Celia Ossame

Ministro da Saúde não vai levar em conta a situação de calamidade pública na saúde vivida pelo Estado do Amazonas, que já não dispõe mais de leitos para tratar pacientes infectados pela covid-19, tanto na rede pública quanto na particular.

Em visita a Manaus nesta segunda-feira, (11/01), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello anunciou, durante reunião para apresentação do plano de contingenciamento da Covid-19 no Amazonas, no Centro de Convenções Vasco Vasques, zona Centro-Oeste, que as vacinas chegarão, simultaneamente, a todos os estados brasileiros, três ou quatro dias após a liberação pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa).

Nem mesmo a situação dramática enfrentada pelo Amazonas com os elevados índices de infecção e de mortes causadas pelo Covid-19 fez o Ministério da Saúde repensar a estratégia e priorizar a vacinação no estado.

De acordo com o ministro, haverá um “Dia D na Hora H” em todo o País a partir da autorização da Anvisa. “A prioridade será de todo o Brasil”, afirmou Pazuello, que também fez questão de lembrar que a vacina não será obrigatória.

Segundo o ministro, a curto prazo, a campanha deve começar no dia 20 de janeiro; de 20 de janeiro a 10 de fevereiro no médio prazo; e, num plano mais alongado, de 20 de fevereiro a início de março

Pazuello informou que a pasta adquiriu 6 milhões de doses do Butantan e outras 2 milhões da AstraZeneca/Oxford para aplicação em janeiro. Foram encomendadas também 4 milhões de doses da vacina russa Sputnik, com entrega prevista para fevereiro.

De acordo com o ministro, a produção nacional de vacinas oferece melhores condições de atendimento à população, já que alguns imunizantes importados apresentam critérios, como prazos e custos, que dificultam a cobertura em tempo hábil.

Na apresentação, o governador Wilson Lima ratificou o apelo para que o Ministério da Saúde atenda ao pedido de cronograma de vacinação diferenciado, dada a situação crítica do nível de ocupação de leitos e óbitos. “O que estamos enfrentando é algo inimaginável para qualquer cidadão”, disse.

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