Mosaico de áreas protegidas do Baixo Rio Madeira é oficialmente reconhecido
Iniciativa integra gestão de unidades de conservação e terras indígenas no Amazonas, fortalecendo a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável
A recente decisão do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) de reconhecer oficialmente o Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira representa um avanço significativo para a conservação da biodiversidade e o ordenamento territorial na Amazônia. A medida visa integrar a gestão de diversas unidades de conservação e terras indígenas, promovendo um modelo de governança colaborativo e eficiente.
A criação do mosaico é um passo essencial para reforçar a fiscalização ambiental, garantir a proteção de ecossistemas ameaçados e incentivar práticas sustentáveis na região. Com a oficialização dessa medida, as comunidades locais, povos indígenas e gestores ambientais ganham uma estrutura mais robusta para enfrentar desafios como o desmatamento ilegal, a grilagem de terras e os impactos das mudanças climáticas.

O Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira abrange cerca de 2,4 milhões de hectares e compreende cinco unidades de conservação estaduais, uma federal e duas terras indígenas. As áreas integradas são:
Reserva Extrativista (Resex) do Lago Capanã Grande (ICMBio);
Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS): Rio Amapá, Rio Madeira, Igapó-Açu e Matupiri;
Parque Estadual do Matupiri (Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas – SEMA/AM);
Terras Indígenas Cunhã-Sapucaia e Arary (FUNAI).

Impactos e próximos passos
O reconhecimento do mosaico traz uma série de benefícios para a gestão ambiental e o desenvolvimento econômico local. Entre os impactos esperados estão:
Maior fiscalização e controle ambiental: o fortalecimento de parcerias entre órgãos governamentais e comunidades permitirá a implantação de sistemas de monitoramento mais eficientes, combatendo crimes ambientais como desmatamento e queimadas ilegais.
Promoção do turismo sustentável: com a integração das unidades de conservação, serão criadas oportunidades para atividades de ecoturismo que gerem renda para as populações locais sem comprometer a biodiversidade.
Fomento à agricultura familiar e extrativismo: incentivos para a produção sustentável e o uso racional dos recursos naturais poderão beneficiar comunidades tradicionais e indígenas, garantindo segurança alimentar e desenvolvimento econômico inclusivo.
Nos próximos anos, as estratégias de implementação do mosaico estarão focadas em três pilares principais: proteção e governança, comunicação e informação e geração de renda sustentável. Entre as principais iniciativas planejadas estão a ampliação das bases de fiscalização, a implementação de tecnologias para monitoramento ambiental e o estímulo a atividades produtivas de baixo impacto.
A consolidação do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira é um avanço estratégico para a gestão territorial e a manutenção dos serviços ecossistêmicos da região. Sua implementação bem-sucedida dependerá do compromisso conjunto entre governo, comunidades locais e organizações da sociedade civil, garantindo que a Amazônia continue sendo um dos principais patrimônios ambientais do planeta.