Aquecimento global impulsiona vendas de ar-condicionado e fortalece indústria em Manaus
Setor de climatização registra crescimento expressivo nas vendas e atrai novos aportes para a Zona Franca de Manaus, refletindo na economia local
O mercado de ar-condicionado no Brasil tem apresentado um crescimento expressivo, impulsionado pelas altas temperaturas e pela crescente demanda por conforto térmico. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), as vendas de aparelhos de ar-condicionado aumentaram cerca de 83% nos primeiros seis meses de 2024, totalizando mais de 2,79 milhões de unidades comercializadas nesse período.
A Zona Franca de Manaus (ZFM) desempenha um papel crucial nesse cenário, consolidando-se como o segundo maior polo produtor de ar-condicionado do mundo, atrás apenas da China. Atualmente, a ZFM possui capacidade para produzir aproximadamente 5 milhões de aparelhos por ano.
Em resposta ao aquecimento do mercado, diversas empresas estão direcionando investimentos significativos para suas operações em Manaus. A WEG, por exemplo, anunciou um aporte de R$ 48 milhões para ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica na capital amazonense. Esse investimento visa, entre outros objetivos, a produção de uma nova linha de motores elétricos de ímãs permanentes para condicionadores de ar split.

Além disso, novas fábricas estão sendo estabelecidas na região. A Bel Micro, com projeto aprovado em outubro de 2023, planeja investir R$ 70 milhões nos próximos cinco anos para fabricar aparelhos de ar-condicionado, televisores e fornos de micro-ondas em sua planta em Manaus. A previsão é que a fábrica produza 300 mil unidades por ano, focando em aparelhos split entre 9.000 e 36.000 BTUs destinados à população de menor renda.
A Tecumseh, renomada fabricante de compressores, também está avaliando a instalação de sua primeira fábrica em Manaus. A empresa planeja aumentar em 30% seus investimentos para atender à crescente demanda do mercado, o que inclui a produção de mais compressores no país.
Esses investimentos refletem a confiança das empresas no potencial de crescimento do mercado brasileiro de ar-condicionado e reforçam a importância da Zona Franca de Manaus como um hub estratégico para a produção e distribuição desses equipamentos. Com a ampliação das capacidades produtivas e a entrada de novos players, a expectativa é que a região continue a desempenhar um papel central no atendimento à demanda nacional e internacional por soluções de climatização.
As altas temperaturas registradas neste verão têm levado a um aumento significativo na procura por aparelhos de ar-condicionado em todo o país. De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), as vendas desses equipamentos cresceram 83% nos primeiros seis meses de 2024, totalizando mais de 2,79 milhões de unidades comercializadas nesse período.
Esse cenário tem impactos diretos na economia de Manaus, que abriga um dos principais polos industriais de climatização do Brasil. A Zona Franca de Manaus concentra diversas fábricas de ar-condicionado, incluindo unidades de grandes empresas como a Daikin, que produz equipamentos residenciais e comerciais leves com capacidades que variam de 9.000 a 48.000 BTU/h.
Com informações da assessoria