Artesã manauara ganha destaque internacional e reflete sucesso de investimentos no segmento
Com apoio da prefeitura de Manaus, Maria Rocineide Santos brilha na Expoartesanías 2024 e inspira empreendedores da economia criativa
O artesanato manauara ganhou reconhecimento internacional por meio de Maria Rocineide Santos da Silva, que se destacou na produção de biojoias durante a Expoartesanías 2024, em Bogotá, na Colômbia. A conquista reflete o impacto dos investimentos da prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), no fortalecimento do artesanato como vetor estratégico da economia criativa.
Maria Rocineide, cadastrada há mais de seis anos no Departamento de Economia Solidária e Criativa (Desc), iniciou sua trajetória participando de feiras promovidas pela prefeitura.
“O artesanato me escolheu, eu não o escolhi”, declarou a artesã, que viu na atividade uma oportunidade de mudar de vida. Suas biojoias, confeccionadas com matérias-primas amazônicas como jarina, tucumã e morototó, representam a biodiversidade da região e já a levaram a feiras em mais de dez estados brasileiros e três países.
A artesã também compartilha seu conhecimento por meio de cursos de confecção artesanal, incentivando mulheres a empreenderem.
“O artesanato tira qualquer pessoa de uma crise, seja ela financeira ou psicológica. É minha maior fonte de renda e um orgulho levar a bandeira do Brasil para feiras de renome mundial. Em 2025, quero expandir com oficinas voltadas para mulheres,” declarou Rocineide, que chegou a faturar R$ 35 mil em um único dia de feira.
Investimentos públicos e impacto econômico
O titular da Semtepi, Wagno Oliveira, destaca que a prefeitura de Manaus tem investido continuamente no artesanato, fortalecendo sua relevância na economia criativa. Entre 2021 e 2024, o número de artesãos beneficiados cresceu de 606 para cerca de 4 mil. Nesse período, o faturamento total dos artesãos cadastrados alcançou um recorde de R$ 5,23 milhões.
“O destaque da dona Rocineide demonstra que o artesanato é mais do que cultura: é geração de renda e transformação social. Nosso banco de dados comprova que iniciativas como feiras e capacitações criam oportunidades concretas para os artesãos se desenvolverem,” afirma o secretário da Semtepi, Wagno Oliveira.
Além das feiras, o Desc oferece cursos como “Mídias Sociais”, “Vendas On-line” e “Empretec”, que capacitam os participantes para expandirem seus negócios.
Economia criativa em ação
Atualmente, o Desc contabiliza 1.691 artesãos cadastrados, dos quais 90% são mulheres. O sistema de rodízio semanal em pontos estratégicos, como o calçadão da Ponta Negra e o Mirante Lúcia Almeida, garante visibilidade e oportunidades de vendas.
A gestão também promove feiras itinerantes, com barracas de alta qualidade e apoio logístico, permitindo que artesãos alcancem novos públicos e aumentem sua renda.