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Festival Até o Tucupi encerra 17ª edição com arte, cultura e ativismo climático em Manaus

Último dia do evento reúne apresentações artísticas e debates no Centro Cultural Povos da Amazônia, destacando a urgência das questões ambientais na região

O Festival Até o Tucupi 2024 termina neste sábado (30/11), com uma programação diversificada no Centro Cultural Povos da Amazônia, em Manaus. As atividades iniciam às 10h e se estendem até as 22h, oferecendo ao público uma variedade de atrações culturais e debates sobre a crise climática e suas implicações sociais e culturais

Com o tema “Festival pelo Clima”, o evento, que completa 17 anos de existência, começou em novembro, Dia Nacional da Consciência Negra.  Durante esse período, o festival promoveu uma série de apresentações artísticas que integraram música, dança e performances teatrais, todas alinhadas à temática ambiental. Artistas locais e regionais subiram ao palco, utilizando suas expressões para conscientizar o público sobre a urgência das questões climáticas que afetam a Amazônia.

Além das apresentações, o encerramento conta com rodas de conversa e debates que reuniram lideranças indígenas, quilombolas, ambientalistas e representantes de movimentos sociais. Esses diálogos enfatizaram a importância da união entre cultura e ativismo na busca por soluções para os desafios ambientais enfrentados pela região.

Realizado por uma coalizão formada pelo Coletivo Difusão, Coletivo Proteja, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Casa Cinco e Miriã Mahsã, o Festival Até o Tucupi reafirmou seu compromisso com a justiça climática, destacando o papel central da Amazônia nas discussões globais sobre o clima. Ao longo de sua trajetória, o evento tem se consolidado como uma plataforma de resistência cultural, promovendo a ocupação de espaços públicos e o engajamento da sociedade em temas cruciais para o futuro do planeta.

Programação do Dia

10h às 21h: Edição especial do Festival Urbano de Alternativas (FUÁ), com mais de 30 expositores de gastronomia, arte e criatividade.

11h: Espetáculo teatral “Tucumã & Buriti – As Brocadas do Tarumã-açú”, destacando as comunidades amazônicas em uma narrativa de mistério e aventura.

15h: Apresentação musical “Do quilombo se fez samba raiz”, pelo Quilombo Barranco de São Benedito, primeiro quilombo urbano da Amazônia.

15h40: Ritual de cura “Wehtiro”, conduzido por Jaime Diakara, do povo Dessana.

16h: Benção “Balaio de Oxum”, liderada por mãe Flor Ty Navê, representando os povos de terreiro de matrizes africanas.

16h30: Apresentação musical de Milena Makuxi (RR) e Grupo Kuiá, celebrando a diversidade indígena.

17h30: Performance dos grupos Bruxos do Norte e Passos (VEN), trazendo uma fusão de rap amazônico e sonoridades venezuelanas.

18h30: Show do grupo Raízes Caboclas, explorando a caboclidade amazonense desde 1980.

19h20: Apresentação de Elisa Maia, com músicas que refletem as múltiplas fases da vida na Amazônia.

20h10: Show de Karen Francis, mesclando Afrobeat e R&B com influências amazônicas.

21h: Performance de Márcia Siqueira, voz icônica da música popular amazônica e do boi Garantido.

22h: Encerramento com “Banana Frita e DJs Convidados”, apresentando música eletrônica com DJs Koka, Kevim, Dreko, DJ Sidão, Rafa Militão, Andira, Raiana e Randy.

Durante todo o dia, o festival também promove a campanha “Água é Vida, Doe Vida!”, arrecadando alimentos não perecíveis e água potável para comunidades afetadas pela seca histórica no Amazonas.

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