População do Amazonas cresce em quase 340 mil desde o Censo de 2022
IBGE revela dados atualizados e destaca concentração populacional em Manaus
O estado do Amazonas atingiu a marca de 4.281.209 habitantes em 1º de julho de 2024, de acordo com a Estimativa da População Residente divulgada nesta quarta-feira (29/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o Censo de 2022, o estado registrou um aumento populacional de 339.596 habitantes, refletindo um crescimento contínuo na região.
Manaus, a capital do estado, se destaca como a sétima capital mais populosa do Brasil, com 2.279.686 moradores, representando mais da metade (53%) da população total do Amazonas. Esse crescimento reforça a concentração populacional na capital e na Região Metropolitana de Manaus (RMM), que, composta por 13 municípios, abriga 65% da população do estado.
Além de Manaus, outros municípios do interior do Amazonas também possuem populações expressivas. Itacoatiara, Manacapuru e Parintins são exemplos de cidades com mais de 100 mil habitantes, desempenhando papéis importantes na economia e cultura da região. Parintins, por exemplo, é amplamente conhecida por seu Festival Folclórico, que atrai turistas e gera significativo impacto cultural e econômico.
Coari, com 73.820 habitantes, e Tefé, com 79.278, são municípios estratégicos devido à produção de petróleo e gás, no caso de Coari, e ao suporte logístico no Médio Solimões, no caso de Tefé. Tabatinga, com 72.283 habitantes, se destaca por sua posição geográfica nas fronteiras com o Peru e a Colômbia, consolidando-se como um ponto crucial para a integração fronteiriça.
Em contraste, Japurá permanece como o único município no estado com menos de 10 mil habitantes, totalizando apenas 9.397 moradores. A disparidade populacional entre os municípios evidencia a complexidade do Amazonas, onde áreas densamente povoadas coexistem com localidades remotas e de baixa densidade populacional.
Esses dados são fundamentais não apenas para o planejamento governamental, mas também para o cálculo do Fundo de Participação dos Estados e Municípios, realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e servem como base para diversos indicadores sociais, econômicos e demográficos. A nova estimativa reforça a importância de políticas públicas que considerem tanto o crescimento urbano quanto as particularidades das regiões mais isoladas do Amazonas.