Prefeitura de Manaus é acusada de poluir rio na retirada dos empreendimentos do Tarumã

Após o primeiro dia da retirada de flutuantes em Manaus, uma grande mancha de óleo foi visualizada rio Tarumã, onde está sendo feito o desmonte dos flutuantes

Uma grande mancha foi visualizada, no meio do rio Tarumã-Açu, após o início da retirada e desmonte dos flutuantes do rio Tarumã. Um vídeo que está viralizando na internet, foi gravado nas proximidades da Marina do Davi, na zona Oeste de Manaus, bem próxima a balsa que estava desmontando o primeiro flutuante do tarumã em comprimento a decisão judicial, nesta terça-feira (26/03).

A nova decisão judicial determinou a retirada apenas de flutuantes previamente identificados como abandonados.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), cerca de 20 flutuantes serão retirados durante a operação que está sendo realizada por órgãos municipais e federais. A previsão é que a primeira etapa de desmonte dos flutuantes seja concluída em até cinco dias.

A divulgação do aparecimento da mancha de óleo no rio, provocou críticas sobre a estratégia de desmonte utilizada pela prefeitura de Manaus, que ao mesmo tempo em que cumpre a decisão judicial, estaria poluindo o meio ambiente que os órgãos ambientais tentam proteger com a retirada dos empreendimentos.

“A solução ambientalmente adequada é levar esses flutuantes para a beira do rio e em local adequado fazer o desmonte, recolhendo todos os resíduos e efetuar o descarte e reciclagem de forma adequada e sustentável”, opina Altemir Viana. proprietário do Flutuante de aluguel Moronguetá.

O empresário critica a metodologia utilizada pela prefeitura, que estaria utilizando uma balsa sucateada e uma retroescavadeira, também em péssimo estado de conservação, equipamentos inadequados para realização essa operação, segundo ele.

“Essa mancha de óleo no rio pode ter sido resultado do uso da embarcação ou da retroescavadeira que por estar sem manutenção, pode ter vazado óleo no rio”, questiona.

Para os moradores da Marina do Davi, a prefeitura pode estar poluindo mais o rio, ao invés de evitar.

Na opinião da maioria deles, a operação está sendo feita de forma inadequada, porque, está desmontando as estruturas e jogando os resíduos no rio, tais como: pregos, ferros, tábuas e estruturas metálicas.

“A prefeitura precisa usar os equipamentos adequados para realizar essa ação, caso, contrário vai poluir mais o rio e degradar o meio ambiente que é o objeto da decisão judicial”, criticam.

A reportagem aguarda uma resposta da assessoria da prefeitura ou Semmas sobre a denúncia.