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Trabalhadores Jayoro interditam BR-174 para pedir derrubada do decreto que zerou IPI e ameaça seus empregos

Trabalhadores da Agroindústria Jayoro, localizada em Presidente Figueiredo (distante 107 quilômetros de Manaus) decidiram fechar a rodovia federal BR 174, que interliga a capital do Amazonas ao Boa Vista, em Roraima, nesta quarta-feira (04/05), em protesto o decreto do governo federal, que zerou a alíquota do Imposto Sobre Produtos Industriais (IPI) do setor de concentrado de refrigerantes e ameaça a continuação das atividades da empresa no Amazonas.  

Por conta de um forte chuva que cai na cidade, desde a madrugada, a interdição da rodovia, prevista para começar às 7h30 da manhã, ainda não aconteceu, mas eles estão mobilizados desde as 6h30 da manhã desta quarta-feira (04/05), na rodoviária do município. Equipes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Guarda Municipal e agentes da Empresa Municipal de Trânsito de Presidente Figueiredo estão de prontidão ajudando no controle do trafego e na saída dos ônibus do transporte intermunicipal.

São cerca de 500 operários que decidiram paralisar suas atividades e vão interditar a rodovia federal BR-174, para pedir que o governo federal revogue o decreto, que tira a competitividade do setor e a ameaça os empregos deles que atuam na cadeia produtiva do açúcar, álcool e guaraná, principais insumos usados na produção do concentrado de refrigerantes.

Trabalhadores com mais de 30 anos de empresa, outras com menos tempo de casa e também jovens do programa Jovem Aprendiz, exibem faixas com mensagens pedindo a manutenção da alíquota de 6% do IPI que assegura a competitividade das empresas instaladas na Zona Franca de Manaus (ZFM), que são isentas do pagamento do tributo.

Hoje a Agroindústria Jayoro emprega cerca 600 trabalhadores no período de entressafra e 1.200 no período da colheita. Indiretamente, o número de trabalhadores ligados as atividades desenvolvidas pela agroindústria Jayoro em Presidente Figueiredo chega próximo de 6 mil.

A prefeita da cidade, Patrícia Lopes, apoia o movimento dos trabalhadores e teme que diante da inviabilidade da permanência da empresa no município, posso haver uma grande caos social, além de grande impacto na economia. Ela está desde da publicação do decreto, buscando apoio da bancada federal do Amazonas, para lutar pela derrubada do decreto.

Em breve nova atualização desta matéria.

Dora Tupinambá

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