DESTAQUEINFRAESTRUTURA

Mais de uma década depois, governo e prefeitura se unem para construir o Parque Encontro das Águas

Prefeitura de Manaus e governo do Amazonas alinham cronograma para celebrar convênio que vai viabilizar execução do projeto, que leva a assinatura do renomado arquiteto Oscar Niemeyer

Esta semana as equipes da prefeitura de Manaus e do governo do Estado se reuniram para tratar dos detalhes do convênio que será celebrado entre os dois entes públicos, para construção do parque Encontro das Águas, na zona Leste da capital. O valor estimado do convênio do Estado é de R$ 70 milhões.

O projeto do parque, concebido há mais de 15 anos, pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, será um ponto privilegiado de observação de um dos mais belos cartões-postais da cidade, o Encontro das Águas.

O parque é uma das obras do Protocolo de Intenção firmado entre o governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus, no valor de R$ 580 milhões para obras e projetos em Manaus. Na esfera estadual, o convênio está sob a gestão da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) onde foi realizada, com a participação do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), a rodada de alinhamento técnico e jurídico para formatação do convênio.

Manaus 31.03.2022 – Prefeitura e Governo definem cronograma para celebrar convênio de construção do parque Oscar Niemeyer. Foto:Tiago Correa_UGPE

Para o coordenador-executivo da UGPE, Marcellus Campêlo, os entendimentos entre os técnicos refletem o desejo do prefeito David Almeida e do governador Wilson Lima de que a intervenção urbanística seja importante para o Amazonas e para a capital. “Discutimos o passo a passo para assinatura do convênio e apresentamos o fluxo para tramitação do projeto, além dos prazos de limitação e vedação da legislação eleitoral. Até o final de junho temos que repassar a primeira parcela do convênio. Trata-se de um belíssimo parque projetado e Manaus só terá a ganhar com a empreitada”, destaca.

O vice-presidente do Implurb, arquiteto e urbanista Claudemir Andrade, comentou que o encontro, que teve ainda a presença da Secretaria Municipal de Finanças (Semef), avança para a assinatura do convênio, estabelecendo metas e prazos a se cumprir. “Estamos realizando as adequações necessárias porque muitas normas da construção civil tiveram alteração desde o primeiro projeto do Oscar Niemeyer, assim como normatização de acessibilidade e estrutural. Há necessidade de adequar e ter projetos complementares. Esperamos cumprir esta missão e até junho celebrar o convênio entre prefeitura e governo”, disse.

Os desenhos de Niemeyer para o parque Encontro das Águas há anos são desejo de realização de várias administrações. “A atual gestão David Almeida está empenhada para finalmente conseguir entregar este projeto de referência arquitetônica tanto pela construção quanto pela assinatura, dando destaque a um dos principais cartões-postais da natureza. E esta união vai resultar no parque Rosa Almeida”, completou Claudemir.

Parque Encontro das Águas

Distribuído em uma área total de mais de 120 mil metros quadrados, com encostas e grande declividade, o parque Rosa Almeida – Encontro das Águas tem vista do cartão postal natural onde percorrem os rios Negro e Solimões, na zona Leste. Nele, estão os elementos do projeto original de Oscar Niemeyer, que receberá ainda mirante, centro de artes, museu, restaurante e outros elementos urbanos.

O arquiteto Niemeyer desenhou uma estrutura em concreto armado, na sua assinatura de reinterpretação de materiais modernos e volumes puros, na relação arte-arquitetura. Para o parque, há o contraste geométrico entre formas arquitetônicas orgânicas – a representação dos rios – com a natureza exuberante.

“Niemeyer projetou um monumento, que vamos conectar ao ecossistema aquático. É uma oca estilizada em concreto armado, com 30 metros de diâmetros e uma lâmina em cima, com cerca de 17 metros de altura, representando os rios Negro e Solimões. A outra parte é um restaurante, também dando curva ao concreto”, disse o presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.

São 120 mil metros quadrados, mas grande parte é de proteção permanente por causa da declividade acentuada do terreno, acima de 30 graus, com encostas.

Pular para o conteúdo