DESTAQUEMEIO AMBIENTE

Ipaam usa tecnologia para intensificar o combate ao desmatamento e às queimadas no Amazonas

Centro de Monitoramento do Ipaam acompanha, em tempo real, as ações da Operação Tamoiotatá 2, em Humaitá onde os fiscais do Ipaam encontraram casos de desmatamento ilegal

 Na nova fase da operação Tamoiotatá, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) tem utilizado ferramentas de software de geoprocessamento da plataforma ArcsGIS, recurso que permite aos fiscais a possibilidade de consultar o banco de dados do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP). A operação iniciou no começo deste mês, e ocorre em conjunto com outros órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente, de Segurança Pública e instituições federais.

Esse recurso permite o acesso a informações como, dados de empreendimentos licenciados, inscrição da propriedade no CAR (Cadastro Ambiental Rural), mapas com polígonos geográficos das propriedades e coordenadas de alertas de desmatamento. A tecnologia é utilizada para intensificar o combate ao desmatamento e às queimadas no Amazonas.

“Essa troca de informações constante, entre as equipes de campo e do Centro de Monitoramento, permite que as ações da Operação Tamoiotatá sejam acompanhadas em tempo real, otimizando recursos humano e material durante as ações”, explica o diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente.

Equipados com dispositivos móveis, os fiscais podem registrar as ocorrências de crimes ambientais e enviar esses dados para o CMAAP do Ipaam, que dá suporte à operação com a transmissão de novas coordenadas de desmatamentos, que são detectadas durante a operação.

Missão Humaitá

No dia 10 de março iniciou uma ação no município de Humaitá (distante 590 quilômetros de Manaus), e lá os fiscais do Ipaam encontraram casos de desmatamento ilegal e obras de terraplenagem sem autorização do órgão. Assim, os proprietários estão sendo autuados conforme Lei Federal n° 9.695/98, do Decreto Federal n° 6.514/08, que estipula o valor da multa a ser aplicado.

Tamoiotatá 2021

No ano passado a operação embargou um total de mais de 53 mil hectares de propriedades no sul do Amazonas. Em multas foram mais de 287 milhões, provenientes de 273 autos de infração. E as autuações remotas chegaram ao número de 101, realizadas pelos fiscais do Ipaam.

Outro dado relacionado à operação é a redução de focos de calor. Em comparação com o ano de 2020, a diminuição foi de 11,2%, em 2021. Com o gargalo concentrado no desmatamento ilegal, o início da Tamoiotatá 2 foi antecipado em dois meses, com previsão de atuação contínua até o final de 2022.

Fotos: Tácio Melo/Secom e Divulgação/Ipaam

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