Wilson Lima convoca investidores para contribuir com o desenvolvimento sustentável da Amazônia

Governador inaugurou a nova sede da Sema, equipada com alta tecnologia, construída com investimentos do governo da Alemanha, por meio do projeto de prevenção e combate ao desmatamento

Ao inaugurar a nova sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), nesta sexta-feira (18/03), o governador Wilson Lima reforçou a necessidade de mais investidores destinarem recursos para ajudar na solução de problemas ambientais na Amazônia, como o combate ao desmatamento, e no desenvolvimento sustentável da região.

Na ocasião, o governador também agradeceu ao governo da Alemanha, que destinou recursos para a construção da sede da Sema e outras estruturas. A cerimônia de inauguração do novo prédio é uma prestação de contas para a sociedade e para os financiadores.

“O mundo olha para o Amazonas e só enxerga floresta. E o mundo precisa saber e precisa enxergar as pessoas que estão aqui; aqui vivem famílias. Chega daquela história de ficar no discurso de defensor da Amazônia sem nunca ter colocado o pé aqui. Está na hora de cada um dar a sua contribuição”, disse Wilson Lima.

O posicionamento do governador, reforçado nesta sexta-feira, foi destaque durante a 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa de Governadores pelo Clima e Florestas (GCF Task Force), na quinta-feira (17/03). Manaus é sede da reunião que ocorre até esta sexta-feira.

Nova sede

A estrutura está localizada no mesmo complexo que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), na avenida Mário Ypiranga, Parque Dez, zona centro-sul de Manaus. Participam do evento de inauguração a secretária para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da Alemanha, Franziska Tröger, ex-secretários de Estado de Meio Ambiente e parlamentares.

Para construção da nova sede, o Governo do Amazonas recebeu recursos da Cooperação Financeira Oficial Alemanha-Brasil para execução do Projeto de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Conservação da Floresta Tropical do Estado do Amazonas (Profloram), que inclui a estrutura.

A nova sede da Sema possui três andares, com 1.890 metros quadrados no total e obra do espaço recebeu R$ 7,8 milhões em investimentos.

Sala de Situação

Um dos espaços de destaque da nova estrutura é a Sala de Situação da Sema, que auxilia as equipes de campo no combate aos crimes ambientais, em articulação com o Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas do Amazonas.

A sala também funciona como um centro integrado de monitoramento diário dos níveis dos rios, onde é possível fazer a previsão hidrológica e meteorológica em todo o estado.

 Sustentabilidade

A nova sede da Sema possui sistema de reutilização de água pluvial, que gera economia aos cofres do Estado e preza pela sustentabilidade. Com as reservas de água de chuva, é possível abastecer os banheiros da Secretaria e realizar serviços de limpeza e jardinagem, além de garantir uma reserva de água exigida pelo Corpo de Bombeiros para risco de incêndio.

Outro aspecto sustentável do prédio é a sua arquitetura. Os setores técnicos e administrativos, por exemplo, não possuem paredes, e são rodeados por janelas amplas, o que favorece a entrada de iluminação em qualquer hora da manhã e da tarde. Desta forma, as luzes internas da estrutura não precisam estar ligadas em dias ensolarados durante o período.

“Esse é um símbolo de como as políticas públicas se constroem. E com os lançamentos que foram feitos, seja pela entrega dos CDRUs (Concessões de Direito Real de Uso), seja pelo programa Guardiões da Floresta, reforçamos essa identidade do foco nas pessoas e das pessoas que protegem a nossa floresta”, disse o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, ao se referir aos lançamentos feitos ontem, durante a abertura da 12ª Reunião Anual do GCF, em Manaus

Bioeconomia

Franziska Tröger destacou que a Alemanha irá realizar novos investimentos do Amazonas. “Estamos apoiando agora na preparação de um crédito apoiando a bioeconomia, que vai deixar a floresta em pé, vai valorizar a floresta, mas que vai também ajudar essas pessoas a trabalhar essas cadeias, de pirarucu, cacau, açaí, e eu acho que é um ganha-ganha, não é? A floresta em pé e o dinheiro no bolso”, disse.

Fotos: Herick Pereira/Secom