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Rússia reprime protestos enquanto suas tropas lançam bombardeios e invadem a Ucrânia

Autoridades da Ucrânia informaram que há pelo menos 137 mortos e 169 feridos até o momento. A invasão ocorre por terra, ar e mar. Diversos mísseis foram disparados atingidos diversas cidades

A polícia da Rússia deteve nesta quinta-feira (24/02) mais de 1.600 russos que protestaram contra a operação militar das tropas russas na Ucrânia, enquanto as autoridades ameaçaram bloquear reportagens da mídia que contenham o que Moscou descreveu como “informação falsa”. Ao menos 44 cidades registraram manifestações contra a ofensiva russa contra o território ucraniano.

Em atos de dissidência cautelosa, mas incomum no país, estrelas pop russas, jornalistas, um comediante de televisão e um jogador de futebol se opuseram à guerra on-line depois que o presidente Vladimir Putin lançou uma invasão da Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira.

A invasão ocorre por terra, ar e mar. Diversos mísseis foram disparados. Explosões e sirenes foram ouvidas em diversas cidades, incluindo a capital, Kiev, e em áreas separatistas do leste ucraniano. Autoridades da Ucrânia informaram que há pelo menos 137 mortos e 169 feridos até o momento.

As sanções prometidas pelos EUA e aliados ainda estão em desenvolvimento, mas algumas já foram anunciadas ao longo da quinta-feira.

Falando na Casa Branca na parte da tarde, Joe Biden disse que o governo americano, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e demais aliados limitariam a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares e outras moedas com o objetivo de impor “custos fortes agora e ao longo do tempo”.

Algumas das sanções anunciadas

Limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes para fazer parte da economia global;

Limitar capacidade de financiar e aumentar as forças armadas russas;

Prejudicar sua capacidade de competir na economia de alta tecnologia do século 21;

Sanções contra bancos russos que juntos detêm cerca de US$ 1 trilhão em ativos.

Biden também avaliou que o presidente russo desejava uma “nova União Soviética”, mas que as “escolhas” dele com esta guerra deixariam “o mundo mais forte”. “Putin é o agressor, Putin começou essa guerra, e ele sofrerá as consequências”, disse.

Na Ucrânia, a população se divide entre se proteger em estações de metrô adaptadas como bunkers e tentar sair da região rumo ao oeste. Longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Ele recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Com informações da CNN

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