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Adaf abre escritórios para cadastrar produtores de limão interessados em exportar para o produto para o Chile

Após a abertura do mercado chileno para o limão brasileiro, a Adaf está ajudando os produtores locais a se habilitarem para exportar o produto. O limão é o segundo fruto cítrico mais produzido no Amazonas

Após tratativas com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Chile anunciou, nesta semana, a abertura de mercado para o limão taiti do Brasil. Com a possibilidade de exportação do fruto cultivado no Amazonas para o país vizinho, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado (Adaf) orienta os produtores interessados a procurarem um dos escritórios da autarquia, na capital ou no interior, para dar início ao processo de constituição de Unidade de Produção (UP) ou Unidade de Consolidação (UC).

O engenheiro agrônomo da Gerência de Defesa Vegetal (GDV), da Adaf, Cláudio Magalhães, explica que, até então, não havia uma regra clara do órgão agropecuário do Chile acerca das regras a serem adotadas pelos produtores brasileiros no que tange a requisitos para exportação, exigências de qualidade, logística e outros. A partir da abertura do novo mercado, segundo Cláudio, este entrave está superado.

“Agora, o primeiro passo para os produtores interessados em vender para o mercado chileno é iniciar o processo de constituição de Unidades de Produção ou Unidades de Consolidação. Então será possível solicitar junto ao Mapa as regras a serem atendidas visando o novo mercado”, explicou.

Os agricultores do Amazonas interessados em exportar limão taiti para o Chile devem procurar uma das Unidades Locais de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsavs) para informar o desejo de constituir uma UP ou UC, que consistem em mecanismos de certificação focados na qualidade e segurança fitossanitária da safra a ser exportada.

Controle

Responsável por garantir a sanidade dos produtos vegetais destinados aos consumidores e controlar o trânsito de vegetais no estado do Amazonas, a Adaf tem papel essencial nesse processo.

Caberá à autarquia, nesta fase, cadastrar as Unidades de Produção ou Unidades de Consolidação e fiscalizar o procedimento de certificação fitossanitária de origem e de origem consolidada do limão taiti produzido nas propriedades interessadas em abastecer o mercado vizinho.

Outra exigência feita aos agricultores, e que depende de autorização da Adaf, é a emissão da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), documento obrigatório em caso de deslocamento do fruto produzido no Amazonas para outros estados brasileiros. Já o escoamento da safra para fora do Brasil demanda a emissão do Certificado Fitossanitário (CF), de atribuição do Mapa.

Produção no Amazonas

No comparativo com as outras culturas presentes no Amazonas, os citros têm importante papel na economia local. O limão é o segundo fruto cítrico mais produzido no estado.

Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), referentes ao ano de 2020, com uma produção de mais de 31 milhões de frutos, sendo os principais produtores amazonenses os municípios de Iranduba, Manacapuru, Manaus e Rio Preto da Eva.

Fotos: Divulgação/Adaf

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