MEIO AMBIENTE

Amazonas ganhou três novos acordos de manejo de pesca ao longo de 2021

Três complexos, que abrangem os municípios de Fonte Boa, Japurá, Maraã, Tonantins, Uarini, Tabatinga, Borba, Careiro e Manaquiri, estabeleceram regras para manejo dos ambientes aquáticos

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), viabilizou a publicação de três novos acordos de pesca no Amazonas, no ano de 2021. Com os novos regramentos, o estado passa a contar com 34 áreas ordenadas pela Sema, beneficiando mais de 5,8 mil famílias e 10,2 mil pescadores.

As regiões que estabeleceram regras para o manejo dos ambientes aquáticos em 2021 foram o Complexo Hídrico do Setor Macopani, o Lago do Caiau e o Rio Tupana, que abrangem os municípios de Fonte Boa, Japurá, Maraã, Tonantins, Uarini, Tabatinga, Borba, Careiro e Manaquiri.

As Instruções Normativas (IN) que definem estes regramentos são as de nº 01, 02 e 03/2021, publicadas no Diário Oficial Eletrônico do Estado (DOE), nos dias 7 de julho, 11 e 30 de agosto, respectivamente. Juntas, as normativas beneficiam 17 comunidades, 195 famílias e 404 pescadores.

Gestão atual

De 2019 a 2021, na gestão do governador Wilson Lima, foram firmados 10 novos acordos de pesca, que ampliaram o número de beneficiados para mais 55 comunidades, 1.198 famílias e 1.755 pescadores.
Agora, as 34 áreas ordenadas pela Sema contemplam juntas 305 comunidades, 5.815 famílias e 10.648 pescadores, ao todo.

Complexo Hídrico do Setor Macopani

A Instrução Normativa n° 01/2021 estabelece regras para o manejo de ambientes aquáticos do Complexo Hídrico do Setor Macopani. Localizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, a qual abrange os municípios de Fonte Boa, Japurá, Maraã, Tonantins e Uarini.
O acordo na área prevê o ordenamento de 91 lagos, situados em nove comunidades, beneficiando diretamente 81 famílias e 360 moradores do entorno da RDS Mamirauá.

Lago do Caiau


O acordo de pesca para o Lago do Caiau, em Tabatinga (distante 1.108 quilômetros de Manaus) foi regulamentado na Instrução Normativa n° 02/2021. Entre os beneficiados pela resolução estão ribeirinhos das comunidades de Bom Futuro, Araçari, Teresina III e Teresina IV.

O acordo também torna proibida a captura de tambaqui para comercialização, pelos próximos três anos na região. Também não será permitida a pesca do pirarucu, exceto, capturas acidentais de “bodecos” (pirarucus menores que 150 cm), sendo permitido o consumo destes pelos pescadores na comunidade e proibido o transporte e a comercialização em outras localidades.

Rio Tupana

O acordo de pesca do rio Tupana abrange os municípios de Borba, Careiro e Manaquiri. A Instrução Normativa (IN) n° 03/2021 estabelece regras para o manejo dos ambientes aquáticos nas áreas de entorno das RDS Igapó-Açu e Matupiri, contemplando as comunidades de São Francisco, Santa Izabel e São Pedro.

Ao todo, 41 lagos e igarapés foram zoneados, a fim de ordenar as atividades pesqueiras na localidade. Estão sendo diretamente beneficiadas 20 famílias e 56 pescadores, que dependem do rio e seus afluentes para subsistência e geração de renda.

Protagonismo comunitário

Acordos de pesca são ferramentas para garantir a proteção dos recursos pesqueiros e evitar conflitos entre pescadores. Por isso, durante todo o processo de construção destes regramentos, as comunidades locais são consultadas.

Os acordos são realizados em quatro etapas: sensibilização, construção de regras de uso, zoneamento de ambientes aquáticos e validação.

Para a construção dos acordos, cada uma das comunidades envolvidas é ouvida, para que o acordo contemple o interesse de todos, dividindo os ambientes aquáticos em espaços com objetivos de comercialização, subsistência e preservação.

O acordo de pesca deverá passar por uma avaliação a cada três anos ou quando houver necessidade após sua implantação.

Foto: Diego Peres/Secom

Pular para o conteúdo