Consórcio Amazônia Legal assina Memorando de Entendimento na COP26
Na COP26, o governador Helder Barbalho representa a associação pública que reúne os nove estados amazônicos e busca sustentabilidade integrada
O governador Helder Barbalho representa o Consórcio Amazônia Legal na Conferência do Clima da ONU (COP 26), em Glasgow, na Escócia. O consórcio é formado pelos nove estados amazônicos: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e pauta questões estratégicas, como a redução sustentada do desmatamento ilegal e financiamentos internacionais para a região.
Neste sábado (6/11), Helder Barbalho, em nome do Consórcio Amazônia Legal, assinou o Memorando de Entendimento (MoU) junto à Emergente, e à Coalizão LEAF. O propósito é o de atrair recursos a partir da redução do desmatamento na Amazônia, com isso, as organizações expressam interesse mútuo em cooperarem institucionalmente para facilitar possíveis transações futuras entre os estados da Amazônia Legal e os participantes da Coalizão Leaf, com vistas à redução de emissões de carbono.
“Esta reunião já é vitoriosa por colocar em uma mesma mesa governos subnacionais que representam a sociedade brasileira, congresso, parlamentos, a iniciativa privada, o interesse internacional no campo de suas instituições e federações e, claro, a articulação das organizações não-governamentais, e sem esquecer a presença dos povos da Amazônia”, afirmou Helder Barbalho.
O governador Helder Barbalho e o titular da Semas, Mauro O’de Almeida, ao lado de outras autoridades públicas na COP 26Foto: Divulgação / Agência ParáNa ocasião, estados e empresas apresentam compromissos sobre o que estão fazendo para tornar o uso da terra sustentável, com mais eficiência. Foram convidados o Brasil; a Indonésia, que é um país florestal; assim como indústrias como a mineradora HP e a de alimentos Nestlé. Todos apontaram como fazer do ativo florestal uma oportunidade de crescimento econômico e de maior desenvolvimento social.
O governador Helder Barbalho apresentou o Plano Estadual Amazônia Agora, a principal política pública não só de enfrentamento ao desmatamento ilegal como de valorização dos ativos ambientais, da floresta, e de potenciais produtos da bioeconomia. A partir do Peaa é possível articular o desenvolvimento econômico e social do Pará, considerando suas vocações econômicas naturais.
Helder destacou também que o Estado tem um papel de indutor de desenvolvimento para o setor privado, na recuperação de áreas degradadas e geração de negócios sustentáveis a partir da floresta. Ele enfatizou que o Pará está aberto a parcerias.
“O objetivo do Estado do Pará é apresentar na COP 26 tudo aquilo que nós estamos fazendo, setor público em parceria com a sociedade civil, demonstrando o compromisso do nosso Estado em construir soluções para a redução do desmatamento, da emissão de gazes do efeito estufa, o compromisso com a neutralidade de carbono, mas também soluções que sejam sustentáveis”, disse ele.
O governador ponderou que entre as soluções sustentáveis, é possível “valorizar as vocações econômicas do meio rural e debater a floresta em pé como um novo ativo, uma nova commodity, demonstrando que (ela) pode ser sim, uma nova e grande oportunidade econômica que se soma à vocações como mineração e atividades do agronegócio. Para isso um grande chamamento mundial é fundamental e o Estado do Pará, na Amazônia, participa ativamente desta construção para que possamos viabilizar parcerias que implementem soluções de sucesso para a preservação da floresta e o cuidado das pessoas”, enfatizou o governador do Pará.
A estratégia de desenvolvimento sustentável do Pará possui várias frentes de trabalho para promover oportunidades para as pessoas, a partir da valorização da floresta, com geração de emprego e renda.
Agenda
A agenda de trabalho na COP 26 segue neste domingo (7), quando o Pará será anunciado como membro efetivo da Coalizão Under2º, um grupo de estados subnacionais que busca soluções para a mitigação e a adaptação climática, com membros de todo o planeta.
Na segunda-feira (8/11), o governador reúne-se com o Juan Pablo Bonilla, chefe global da Área de Clima do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Após, ele terá reunião de trabalho com a diretor executivo da organização global The Nature Conservancy (TNC), Jennifer Morris. À tarde, ele abrirá o evento de apresentação do Plano de Recuperação Verde (PRV), do Consórcio Amazônia Legal, com ênfase nos Eixos I e II, na Mesa de discussão sobre “Uso da Terra”, O Futuro da Amazônia – conciliando agropecuária e conservação da floresta.
Na terça-feira (9), o governador se reunirá com o diretor executivo do Green Climate Fund (GCF), Javier Manzanares. Depois Helder irá para a apresentação da Estratégia de Redução de Emissões de Carbono, no âmbito do Race to Zero, na Mesa de Discussão intitulada “Metas Baseadas em Ciência”.
No dia 10, quarta-feira, o governador participa, durante a manhã, do evento organizado pela TNC, intitulado “Sustainable Territories Platform: building Public-Private Solutions for Carbon Neutral Jurisdictions in the Amazon”. À tarde, ele vai se reunir com o instituto europeu denominado Open Society.
No dia 11, quinta-feira, o governador Helder Barbalho participará do evento organizado pelo IPAM, intitulado “Climate Neutrality in Brazil: ending the Amazon deforestation by the action of business sector”.
No dia 12, sexta-feira, Helder finalizará a participação dele na COP-26, prestigiando cientistas brasileiros do Painel Científico para a Amazônia (SPA) que lançarão o estudo denominado “The Amazon We Want”, com achados científicos de anos de pesquisa, e que serão oficialmente publicados na Conferência.
Para mais informações, acompanhe as redes sociais do Governo do Pará.
Foto: Divulgação/Agência Pará
