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Casca do tucumã pode inibir bactérias causadoras de infecções em seres humanos, aponta estudo apoiado pela Fapeam

A pesquisa faz parte do programa Amazônidas: Mulheres e Meninas na Ciência. A pesquisa envolve o trabalho multidisciplinar de seis profissionais, entre professoras orientadoras nas áreas de Biologia e Química

Extratos da casca do tucumã ajudam na inibição contra quatro linhagens de bactérias, que podem provocar sintomas de diarreia, dor abdominal, enjoos, infecção urinária e infecção hospitalar nos seres humanos. É o que aponta a pesquisa preliminar da doutora em Biotecnologia Adriana Dantas Gonzaga de Freitas, realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O estudo é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisadora do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do programa “Amazônidas: Mulheres e Meninas na Ciência”. 

Durante a pesquisa foram analisadas as linhagens bacterianas Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae, esta última, é uma das principais causas de infecções em ambientes hospitalares. 

Segundo a pesquisadora, o estudo está em andamento, na fase de testes de verificação dos reais motivos que justificam a inibição bacteriana causada pela casca do tucumã.  

“Sabemos que o tucumã possui compostos secundários como taninos e fenóis, no entanto, a segunda fase do projeto será a investigação dos compostos presentes nos extratos que possuem características antimicrobianas”, disse.  

Descartadas geralmente pela população, as cascas do tucumã utilizadas para o estudo foram doadas por uma microempresa de despolpadores do fruto. Após isso, o Laboratório de Botânica da Ufam realizou a confirmação dos gêneros e espécies do tucumã. 

A investigação de ação bactericida de plantas ainda é pouco estudada, mas considerada uma ferramenta importante para a composição de novos medicamentos contra microrganismos perigosos e degradantes aos seres vivos, conforme explica a pesquisadora.  

Equipe de estudo e apoio – A pesquisa envolve o trabalho multidisciplinar de seis profissionais, entre professoras orientadoras nas áreas de Biologia e Química, além de estudantes de Biologia e Ciências Naturais da Ufam.  

Adriana Dantas ressalta, ainda, a importância do apoio da Fapeam para pesquisas, projetos e programas científicos e os resultados positivos destes investimentos.  

“O incentivo à pesquisa no Amazonas é de fundamental importância. A Fapeam investe em projetos da região amazônica, ainda mais no momento em que passamos por uma crise sanitária e econômica, é de vital importância, visto que em um futuro próximo poderemos desenvolver produtos farmacêuticos e biotecnológicos da nossa região, que possam combater doenças patogênicas é de suma notoriedade”, destaca Adriana.  

Próximas Fases – Novos testes ainda serão realizados para verificar os compostos presentes nos extratos do tucumã, que possuem potenciais antimicrobianos.  

O programa – “Amazônidas: Mulheres e Meninas na Ciência” é uma ação afirmativa do Governo do Amazonas, por meio da Fapeam, para incentivar uma maior participação feminina na liderança de projetos na área de ciência, tecnologia e inovação.  

Foto: Pesquisadora Adriana Dantas/Ufam 

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