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Conta de energia no Amazonas fica mais cara a partir deste mês, com aumento de 15,67% e taxa extra

Além do índice da tarifa dobrar em relação à inflação, o consumidor ainda terá que pagar a bandeira tarifária 2 pela crise hídrica, que representa um custo extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh.

A conta de energia para os clientes residenciais da Amazonas Energia está 15,67% mais cara a partir deste mês e vale até novembro de 2021, após o reajuste tarifário aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Além do índice da tarifa dobrar em relação à inflação, o consumidor ainda terá que pagar a bandeira tarifária 2 pela crise hídrica, que representa um custo extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh. A concessionária possui 949 mil unidades consumidoras no Amazonas.

Além dos clientes de baixa tensão, composta pelas classes B1 (residencial e subclasse residencial baixa renda), o reajuste médio atingiu 16,10% para o setor industrial, comercial, serviços e outras atividades, além do poder público e dos serviços públicos.

No Amazonas, 949 mil unidades consumidoras vão pagar mais caro a partir deste mês
A nova tarifa vai onerar desde a fabricação de produtos com a elevação do insumo da energia, até os serviços prestados pelo comércio e telefonia, por exemplo.

Mesmo com o elevado aumento da conta, a agência reguladora explica que poderia atingir 21,63%, em média, se não tivessem sido adotadas medidas para a redução do efeito tarifário, corrigido anualmente em novembro.

A Aneel destacou a reversão dos custos da Conta-Covid, que repassou R$ 14,8 bilhões em empréstimos às distribuidoras para evitar impacto na tarifa dos consumidores. Com os recursos antecipados da Conta-Covid às distribuidora, o impacto redutor foi de 2,45%.

Também pesou a compatibilização dos financeiros da bandeira de escassez hídrica, para neutralizar seu repasse na tarifa. A Aneel apontou que os custos da Amazonas Energia superaram a arrecadação da bandeira escassez hídrica, com o elevado custo de geração de energia.

O novo encargo da bandeira tarifária 2 resulta da pior crise hídrica do País, em 91 anos. Com a escassez de chuvas nos reservatórios que abastecem as termelétricas que geram energia limpa e sem custos, foi necessário acionar as usinas movidas a diesel. O combustível está com os preços em alta e para promover a geração, os custos ficam mais elevados, o que tem sido bancado pelos consumidores com o regime de bandeiras tarifárias.

Foto: Fernando Frazão/ABr

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