SAÚDE

Instituto da Mulher Dona Lindu inaugura Centro de Parto Normal

Governador Wilson Lima inaugura Centro de Parto Normal do Instituto da Mulher Dona Lindu

Como parte da reestruturação da rede materno-infantil, a nova estrutura amplia espaços voltados ao parto normal humanizado

O governador Wilson Lima inaugurou, nesta quarta-feira (03/11), o Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar (CPNI) do Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL), na zona centro-sul de Manaus. A estrutura, com funcionamento 24 horas, é voltada ao parto humanizado e permite à mãe escolher a posição mais confortável em que deseja ter o filho, em caso de parto normal, incluindo a experiência de parto na água.

“Isso representa a atenção que a gente tem dado para as mulheres, a atenção que a gente tem dado para a primeira infância, objetivando diminuir a mortalidade, dar maior conforto para essas mães e também a possibilidade de ela ter um parto normal, de ela ter um parto humanizado. E é dessa forma que a gente vai conseguir melhorar nossos índices e dar um melhor atendimento na área da saúde para essas grávidas”, disse o governador.

A implantação do CPNI do IMDL faz parte da reestruturação da rede materno-infantil prevista no projeto ‘Renasce Lindu’, contemplada no Programa Saúde Amazonas, e contou com recursos da Rede Cegonha, liberados pelo Fundo Estadual de Saúde. Participaram da inauguração, os deputados João Luiz e Dr Gomes e a deputada Joana Darc.

Com o CPNI, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) busca estimular as gestantes a optarem pelo parto normal, com o mínimo de intervenção possível, cumprindo todos os protocolos operacionais de procedimento com humanização e segurança.  

Atendimentos – O local atende gestantes de risco habitual (baixo risco), seguindo os critérios do Ministério de Saúde e da Organização Mundial da Saúde, e oferece assistência à mulher durante o pré-parto, parto e pós-parto e também ao recém-nascido.

O espaço possui quatro suítes temáticas e acolhedoras, equipadas com cama padrão PPP (pré-parto, parto e pós-parto) e capacidade para realizar, no mínimo, 40 partos por mês. Conta ainda com uma banheira de hidromassagem e cromoterapia, métodos não farmacológicos de alívio da dor, incluindo serviços de musicoterapia, reflexologia e escalda-pés, e boas práticas que auxiliam o trabalho de parto.

“É para estimular as mulheres, não é só uma estrutura física. Nós temos uma equipe, são partos efetuados por enfermeiras, obstetras, sob supervisão médica. Então é um avanço muito grande, vai aumentar muito a capacidade da realização de partos normais na estrutura da rede estadual de saúde”, disse o secretário da SES-AM, Anoar Samad.

Multicultural – O CPNI também conta com sala com temática indígena equipada com redes.  A indígena Ketila Santos da Silva é uma das primeiras a ser atendida no espaço. Ela se prepara para o nascimento da filha Tauane. “Eu espero que, por ela nascer aqui, traga muita luz e prosperidade, porque os indígenas precisam de um lugar para eles. Um ambiente bem trabalhado, para ser recebido, bem tratado. Me sinto representada, sim. É uma energia positiva, comunhão entre irmãos. Ela vai nascer com saúde”, disse.

O atendimento no CPNI engloba o protocolo multicultural, para mulheres estrangeiras, indígenas, brasileiras e surdas. O acolhimento inclui o suporte de tradução em língua espanhola, inglesa, Tikuna e Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Todas as mulheres atendidas no CPNI recebem atenção de uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros obstetras e técnicos de enfermagem, além da equipe de retaguarda formada por médicos obstetras, pediatras, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.

Critérios para parto no CPNI – Para receber atendimento no novo espaço, as mulheres devem estar com 37 semanas ou mais de gestação única e estar em dia com as consultas de acompanhamento pré-natal. Também não deve apresentar comorbidades e alterações nos exames laboratoriais (sorologias) e de imagem (ultrassom).

A avaliação obstétrica e entrevista é feita no processo que antecede à admissão da gestante e, caso não haja impedimento para o parto normal, a grávida pode escolher a forma que achar mais confortável para o nascimento.

2º CNPI – Este é o segundo Centro de Parto Normal inaugurado pelo governador Wilson Lima. O primeiro foi o da maternidade Balbina Mestrinho, entregue em 2019.

Em 2020, o CPNI da Balbina Mestrinho foi eleito entre as 16 experiências exitosas da rede SUS na premiação “Laboratório de Inovação em Enfermagem”, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen). “Mudando a forma de nascer no Estado do Amazonas: implantação de parto na água, no CPNI da Maternidade Balbina Mestrinho” foi o único projeto premiado no Norte do Brasil.

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