DESTAQUEMEIO AMBIENTE

“É hora de um pacto global pela Amazônia”, diz Wilson Lima em painel na Semana do Clima de NYC

Governador e secretário de Estado do Meio Ambiente apresentaram desafios da conservação ambiental no bioma

O governador do Amazonas, Wilson Lima, e o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, participaram, na manhã desta quarta-feira (22/09), de maneira virtual, do painel “Neutralidade Climática e Desmatamento: o Desempenho dos Estados e Empresas na Amazônia Brasileira”, da Semana do Clima de Nova York (CWNYC).

Em sua fala, Wilson Lima, que é presidente da Força Tarefa dos Governadores pelo Clima e Floresta (GCF Task Force – sigla em inglês), apresentou os desafios de combater o desmatamento no Amazonas e ressaltou a urgência da união dos países, em especial os mais ricos, para a proteção do bioma. “É hora de um pacto global pela Amazônia”, afirmou.

O titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira foi o responsável por abrir o painel. O secretário destacou a construção de um plano de ação chamado Manaus Action Plan, que dará  as diretrizes para que países que enfrentam os mesmos problemas que o Brasil, em termos de desenvolvimento sustentável, consigam manter a floresta em pé, sem abrir mão da geração de renda.

O plano será traçado durante a reunião anual do GCF, formado por 38 governadores de 11 países, em fevereiro de 2022, em Manaus. O encontro estava previsto para 2020, mas foi adiado por conta da pandemia de Covid-19.

Realidade amazônica – Wilson Lima destacou que é necessário compreender os desafios que pesam em regiões como a amazônica, que têm uma realidade sem paralelo com o modelo de desenvolvimento contemporâneo, para buscar um equilíbrio entre conservação ambiental, desenvolvimento econômico e redução das desigualdades sociais e da pobreza.

“É tempo de construirmos uma visão que seja capaz de acomodar não somente os resultados da diminuição do desmatamento, mas também uma ação global e inovadora para incluir indicadores que garantam que para cada árvore em pé, para cada carbono que deixar de ser emitido, um índígena, um ribeirinho, um agricultor também deixem a linha da pobreza, que infelizmente ainda é prevalente para mais de 50% das pessoas que vivem no Amazonas”, disse o governador.

Pular para o conteúdo