CIDADANIA

Reeducandos do programa ‘Trabalhando a Liberdade’ atuam na construção da fábrica de tijolos do Ipat

Todos os tijolos produzidos serão utilizados na manutenção interna e reformas na unidade e, caso haja necessidade, serão distribuídos para as demais unidades prisionais do sistema

Internos do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no Km 08 da BR-174 (Manaus-Boa Vista), estão atuando na nova frente de trabalho da unidade prisional. Desta vez, é a construção da fábrica de tijolos, cujas atividades são coordenadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em parceria com a empresa cogestora RH Multi.

Ao todo, participam das obras nove reeducandos do programa de ressocialização “Trabalhando a Liberdade”. Eles estão desenvolvendo trabalhos na parte hidráulica, elétrica e na implantação de uma nova cobertura. A previsão é de que o espaço seja entregue até o final deste mês.

Quando finalizada, a fábrica continuará contando com a mão de obra dos detentos que participaram de sua construção. A expectativa é de que sejam produzidos, em média, 200 tijolos por dia. Para a confecção dos blocos de concreto, serão utilizados materiais e formas desenvolvidas pelos próprios reeducandos.

Todos os tijolos produzidos serão utilizados na manutenção interna e reformas na unidade e, caso haja necessidade, serão distribuídos para as demais unidades prisionais do sistema.

Para o diretor do Ipat, Márcio Pinho, a construção da fábrica de tijolos representa novas oportunidades para os internos e autossuficiência para a unidade.

“A ideia central partiu da demanda que tínhamos por blocos de cimento para reformas e construções aqui na unidade. Hoje, através da criação desse novo espaço, nós nos tornaremos autossuficientes nessas construções que envolvem alvenaria, e ainda iremos disponibilizar oportunidades para que os internos coloquem em prática o que aprendem nos cursos”, observou.

Perspectivas – O interno Cláudio (nome fictício) destaca os benefícios que o trabalho na obra traz para sua vida pessoal. “Acredito que o principal benefício que este trabalho vai trazer para mim está na vida pós-sistema. Creio que, ao sair daqui, vou poder ter uma profissão vendendo tijolos lá fora. Não é difícil de fazer, é tudo questão de prática, e estou podendo praticar todo dia enquanto estou trabalhando aqui”, disse.

Atualmente, outras unidades prisionais da capital, como Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Centro de Detenção Provisória 2 (CDPM 2) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), também contam com uma fábrica para produção de tijolos, gerando economia para o Estado e promovendo mais trabalho e oportunidade aos internos.

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