Entidades ambientais criam site #TchauSalles pedindo saída imediata de ministro do Meio Ambiente
Site apresenta formulário para ser preenchido com mensagem ao desembargador Ney Bello pedindo o afastamento de Salles do governo
A conhecida trajetória de acusações, condenações e práticas antiéticas do ministro do meio-ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles não pode ficar sem resposta da justiça.
Preocupadas com a manutenção do ministro, entidades ambientalistas como a Ethos, Akatu, ISA, Greepeace, Conectas, Observatório do Clima, Movimento Nacional dos Catadores e outra totalizando 22, assinam o site #TchauSalles e pedem providências ao desembargador Ney Bello para o afastamento de Ricardo Salles da pasta.
Entre elas estão Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Insituto Akatu, Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, Conectas, Observatório do Clima, Pimp My Carroça, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.
O site convoca um movimento de pressão pelo afastamento do ministro, que em maio do ano passado ficou em destaque pelo pronunciamento numa reunião ministerial ocorrida em abril do mesmo ano com o presidente da República, na qual aconselhou “ir passando a boiada”, enquanto as pessoas estão focadas no coronavírus” para cometer irregularidades na área ambiental.
Entre os dados preocupantes levantados pelo movimento, está o aumento de 34,4% do desmatamento da Amazônia brasileira em 2019, situação que só piorou em 2020.
Desmonte
Acusado pelo desmonte das ações do trabalho de ambientalistas, visando enfraquecer a legislação ambiental e abrir caminho para a destruição da natureza, Salles tornou sua fala referência da destruição da natureza.
O afastamento dele foi pedido em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF), mas até o momento não houve manifestação da justiça.
Na gestão de Salles, o País viu aumentar os índices de desmatamento e queimadas devastadoras tanto na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado, enquanto medidas de proteção ao meio ambiente são desmanchadas cotidianamente. E ameaças de investidores estrangeiros deixarem o País, reduzindo mais ainda os recursos usados para a preservação.
Foram demitidos fiscais ambientais que cumpriram seu trabalho na fiscalização de tragédias como Brumadinho e nada foi feito diante do vazamento de óleo no litoral brasileiro, dizem os integrantes do movimento, que sofrem um número crescente de ataques.
No site https://www.tchausalles.org/, há um formulário que pode ser preenchido pelos leitores e aumentar a lista dos que acreditam que o ministro Salles precisa ser parado.
