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Amazonense fala da emoção de ter sido vacinada contra o Covid-19 nos Estados Unidos

Alessandra Guzman tomou a primeira dose da vacina no dia 31 de dezembro às 10h, no próprio hospital onde ela trabalha, e a segunda será tomada no próximo dia 28 de janeiro, no mesmo local

Paulo André Nunes*

Morando nos Estados Unidos há mais de 11 anos, a amazonense Alessandra Guzman, de 37 anos de idade, começou o ano recebendo um dos maiores e mais desejados “presentes” da atualidade: ser uma das primeiras pessoas vacinadas contra o Covid-19. Residindo em Everett, Massachusetts, ela trabalha no setor de limpeza e áreas públicas do Newton-Wellesley Hospital e, como é funcionária de um órgão de saúde, teve direito à prioridade.

Ela falou com exclusividade para a agência Pawe Comunicação sobre a emoção da inédita vacinação.  Consciente, e ao contrário de quem nega a importância e eficácia da vacina, Alessandra aceitou a imunização por vontade própria. E nem o fato de garantir que não foi infectada pelo Novo Coronavírus fez ela virar as costas para a imunização.

A primeira dose foi ministrada a ela no dia 31 de dezembro às 10h, no próprio hospital, e a segunda será tomada no próximo dia 28 de janeiro.

“Como eu trabalho em hospital, e todos que trabalham na rede pública são os primeiros a tomar a vacina aqui nos Estados Unidos, eu fui contemplada”, conta a amazonense nascida em Manaus, que foi casada anteriormente com um norte-americano, hoje é divorciada, tem dois filhos e obteve a cidadania americana.

Presente de Natal e Ano Novo

O sentimento de ser imunizada foi um mosto de alegria e alívio para Alessandra Guzman.

“Essa vacina foi como um presente de Natal e Ano Novo para mim. Nossa, fiquei muito feliz. A minha reação foi de pura alegria e esperança de que algum dia iremos voltar como antes”, declarou ela, sorridente, por telefone, à com a reportagem da Pawe Comunicação.

“Estou esperançosa com essa vacina.  Esperamos tanto e graças a Deus chegou”, completou ela.

Até o fechamento desta edição, Alessandra falou não conhecer nenhum outros amazonenses ou brasileiros que tenham tomado a vacina.

A situação nos Estados Unidos, por conta da pandemia, é delicada, diz ela. O governo de Massachusetts, por exemplo, decretou que tudo fechasse às 21h. E, assim, muitos perderam seus empregos.

 “Aqui muita gente perdeu emprego e, outros, ainda estão esperando que essa situação melhore para, enfim, voltarem a trabalhar”, declarou.

“Essa pandemia não tem explicação. Foi algo que afetou o mundo inteiro, e há as vidas que foram perdidas. Então, essa vacina é uma esperança que se renova para todos nós”, avalia ela.

Preocupação com família

Guzman conta que tem conversado constantemente com seus familiares em Manaus, e, inclusive, pediu para que uma colega enfermeira filmasse o momento em que ela estava sendo vacinada para enviar para a família.

Sua família mora na Colônia Santo Antônio, bairro próximo ao conjunto Manoa, Zona Norte da capital.

O sentimento é de preocupação com os familiares por conta do aumento da incidência de casos no Amazonas.

“O que eles me falam da situação, é que a maioria das pessoas não respeitam o isolamento, que há muita aglomerações e que a cada vez mais se torna mais triste e precária a situação. Eles falam pra mim que a vacina é um sonho que nem sabem se vai chegar”, diz a amazonense.

A saudade que ela tem dos pais e demais familiares é grande: já são dez anos sem contato físico. A mesma saudade que terminaria ano passado se não fosse a pandemia do Covid-19.

Alessandra já estava com passagem marcada para vir a Manaus em abril, inclusive, mas infelizmente tudo aconteceu

“Já faz dez anos que não retorno, a última vez foi em 2010, mas esse ano com certeza irei”, frisa a amazonense vacinada, esperançosa e esclarecida.

Alessandra Guzman diz esperançosa com essa vacina.  “Esperamos tanto e graças a Deus chegou”, afirma.

* Agência Pawe Comunicação

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