POLÍTICA

Investigação da Polícia Civil aponta que deputado Wilker Barreto é dono de linha que espalha fake news em grupos de whatsapp

O inquérito foi acolhido pela Justiça e o deputado responderá por crime de injúria, difamação e crimes cibernéticos, pelo fato das notícias falsas e ofensivas terem sido propagadas em meio digital

Investigações da Polícia Civil apontam que o deputado estadual Wilker Barreto propagava, em grupos de whatsapp, fake news contra deputados da base do Governo ou independentes que não votavam com ele em matérias relacionadas à administração estadual, a quem ele faz oposição.

O inquérito foi acolhido pela Justiça e o deputado responderá por crime de injúria, difamação e crimes cibernéticos, pelo fato das notícias falsas e ofensivas terem sido propagadas em meio digital. Em muitos casos, as fake news iam dos grupos de whatsapp para a internet.

O conteúdo do inquérito policial contra Wilker Barreto foi revelado pelas deputadas Alessandra Campelo e Joana Darc, em discursos de ambas proferidos no plenário da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), na sessão ordinária desta quarta-feira, 9 de dezembro.

As investigações policiais chegaram ao nome do deputado de oposição após o delegado responsável pelo caso solicitar da operadora de telefonia móvel Vivo a propriedade dos números dos participantes dos grupos de whatsapp, criados com o único objetivo de ofender e espalhar fake news.

E um dos números, conforme o inquérito, está registrado no CPF do deputado Wilker, fato que ele não negou na sessão da ALE-AM desta quarta-feira. O número inclusive está habilitado no nome do parlamentar desde 2006, mais precisamente desde o dia 30 de junho daquele ano.

JULLY e PERECA
A deputada Alessandra afirmou que os nomes usados pelo número que está no CPF de Wilker Barreto, nos grupos de whatsapp de ofensas, são Jully e Pereca. Amigos Top 2020, Pátria&Família 28 PRTB 5 e Galeroso da Notícia 1 são alguns dos nomes dos grupos.

‘’Quero aqui dizer que se quiserem representar contra mim porque eu disse que o deputado Fausto (Júnior) ofereceu R$ 200 mil por voto para ser eleito o novo presidente da Assembleia, terão que analisar também esse caso, alvo de inquérito policial’’, destacou Joana.

Segundo ela, as investigações policiais também apontam que as fake news propagadas em grupos de whatsapp alimentaram ainda blogs que receberam verba da Assembleia. E que até o nome do presidente da Casa legislativa, Josué Neto, está envolvido nos ‘’grupos de ódio’’ criados no whatsapp.

Enquanto a deputada Joana concluía a fala dela na tribuna, os grupos do ódio eram deletados, conforme ela constatou na ocasião, no próprio telefone celular.

Por meio de nota o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) afirmou que não teve acesso ao suposto inquérito divulgado nesta quarta-feira, 09, pela deputada Joana Darc, líder do Governo Wilson Lima, e pela deputada Alessandra Campelo.

Assim que obtiver conhecimento dos fatos oficialmente, o Líder da Oposição poderá se manifestar.

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