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Acre inicia plano operacional para recebimento e armazenamento da vacina contra o coronavírus

Estado terá primeira câmara fria para armazenamento de vacinas. Construção já estava prevista para 2021, mas, com a pandemia governo decidiu antecipar a obra que começa na próxima semana

O governo do estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e da Central Estadual de Rede de Frio, montou o plano operacional para o recebimento da vacina contra o coronavírus. Uma das medidas importantes é a construção da primeira câmara fria para a Rede, que já está sendo viabilizada para possível aquisição de doses extras e para as demais campanhas.

“A construção de uma câmara fria já era um convênio que estava previsto para ser implantado na rede estadual durante o próximo ano. Porém, com advento da pandemia, o governo decidiu acelerar esse processo”, ressalta o secretário de Saúde, Alysson Bestene.

De acordo com a chefe de Imunização e Rede de Frio, Renata Quiles, o setor dispõe de espaço e recursos humanos necessários para a implantação da câmara e distribuição da vacina. Atualmente as vacinas são armazenadas em refrigeradores.  O início da construção está previsto para a próxima semana.

“Estamos com todo o protocolo de implantação pronto. Hoje temos capacidade de receber o quantitativo inicial da vacina contra o coronavírus, que são 136 mil doses. Portanto, o Estado tem condições de dar prosseguimento à implantação da vacina”, ressalta Renata Quiles.

As campanhas de vacinação contra a influenza e contra a covid-19 serão simultâneas, sendo necessária a ampliação do alcance. “Hoje em reunião com a gestão conseguimos definir e agilizar os processos que estavam faltando e está tudo correndo dentro do previsto”, explica a chefe de Imunização.

Vacinação

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra a covid-19 deve ocorrer em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses. As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos, que levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.

Na primeira fase, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras). A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Ao todo, os quatro momentos da campanha somam 109,5 milhões de pessoas vacinadas, em duas doses, como previsto pelos esquemas vacinais dos imunizantes já garantidos pelo Ministério da Saúde – Fiocruz/AstraZeneca e por meio da aliança Covax Facility.

Seringas e agulhas

O Ministério da Saúde negocia aquisições de seringas e agulhas para atender à demanda para vacinação contra o coronavírus. No momento, está em andamento processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional. Para a aquisição interna, já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado na próxima semana.

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