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Amazonas apresenta a quinta maior taxa de mortalidade infantil do Brasil, diz IBGE

Com 16,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos, o Amazonas apresenta a quinta maior taxa do Brasil.

A taxa de mortalidade infantil do Amazonas foi de 16,7% (16,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos), a quinta maior do país de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (26/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As menores taxas de mortalidade infantil foram as do Espírito Santo (7,8%), do Paraná (8,2%) e de Santa Catarina (8,4%). As maiores taxas foram as do Amapá (22,6‰), de Rondônia (18,8‰) e do Maranhão (18,6%).

A pesquisa aponta que a mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante indicador da condição de vida socioeconômica de uma região. O Brasil apresentou uma taxa de 11,9%, ou seja, 11,9 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos.

Um indicador que reflete o nível da mortalidade de uma população como um todo, é a expectativa ou esperança de vida ao nascer, pois um recém-nascido pode sofrer riscos de morte em todas as fases da vida.

Para ambos os sexos, o Brasil apresentou uma esperança de vida ao nascer de 76,6 anos. A expectativa de vida no Estado do Amazonas foi estimada em 72,6 anos, ocupando a 5ª posição dentre as menores expectativas de vida do Brasil. As menores esperanças de vida foram as do Maranhão (71,4 anos), do Piauí (71,6 anos) e de Rondônia (71,9 anos). As maiores taxas foram as de Santa Catarina (79,9 anos), Espírito Santos (79,1 anos) e São Paulo (78,9 anos).

Já a expectativa de vida de homens e mulheres para o Amazonas ficou estimada em 69,3 e 76,3 anos, respectivamente; significando que as mulheres vivem 7 anos a mais do que os homens, em média, no Estado. Seguindo a tendência nacional e estaduais, este indicador para os homens foi sempre menor do que para as mulheres em seus respectivos territórios.

As maiores diferenças de mortalidade por sexo refletem os altos níveis de mortalidade de jovens e adultos jovens por causa violenta, que incidem diretamente nas magnitudes das esperanças de vida ao nascer da população masculina. No Brasil e também no Amazonas, o valor ficou em 7,0 de diferença (homens x mulheres) na esperança de vida. As maiores diferenças foram encontradas em Alagoas (9,5 anos), na Bahia (9,2 anos) e no Piauí (5,6 anos).

Considerando tanto 60 ou 65 anos a idade a partir da qual podemos definir os indivíduos como idosos, o Espírito Santo seria o Estado onde encontraríamos o maior valor da expectativa de vida nestas idades, 24,4 e 20,5 anos, respectivamente, isto quer dizer, que o indivíduo aos sessenta e sessenta e cinco anos viveria em média 84,4 e 85,5 anos, respectivamente. Se do sexo masculino, viveria em média 82,2 e 83,5 anos, e se do sexo feminino, 86,4 e 87,3 anos.

No outro extremo temos Rondônia que apresentou para ambos os sexos as mais baixas expectativas de vida aos 60 e 65 anos (19,7 e 16,2 anos respectivamente). Para os homens as mais baixas expectativas de vida nestas duas idades pertencem ao estado do Piauí (17,9 e 14,7 anos respectivamente). Para a população feminina aos 60 anos, a menor expectativa foi de Roraima (21,1 anos), e aos 65 anos em Rondônia com 17,3 anos.

Já para o Amazonas a expectativa de vida aos 60 anos é de 20,7 anos para ambos os sexos e de 22,4 anos para as mulheres e de 20,7 anos.

Entre os idosos, as estimativas de vida também estão entre as mais baixas do país

Considerando tanto 60 ou 65 anos a idade a partir da qual podemos definir indivíduos como idosos, o Amazonas seria o Estado onde encontraríamos uma expectativa de 20,5 e 16,9 anos, a partir das respectivas idades. Com isso, dentre as unidades da federação, o Estado do Amazonas apresentou a 5ª e 4ª menores expectativas de vida de idosos, respectivamente.

Em 2019, as maiores probabilidades de sobrevivência entre os 60 e 80 anos de idade para os dois sexos foram encontradas no Espírito Santo, 581 e 723 por mil para homens e mulheres, respectivamente. E as mais baixas probabilidades foram encontradas nos estados do Piauí, para os homens (427 por mil), em Rondônia (557 por mil) para as mulheres e para ambos os sexos também em Rondônia, onde de cada 1.000 mil indivíduos que atingem os 60 anos, 496 completam os 80 anos de idade.

O maior aumento observado na diferença entre as probabilidades de sobrevivência no intervalo de 60 a 80 anos no período de 1980/2019 para ambos os sexos foi encontrado no Estado de Rondônia, deixando de falecer neste intervalo de idade 336 indivíduos para cada mil que atingiu os 60 anos de idade. O menor ganho em termos de diminuição da mortalidade neste intervalo de idade pertenceu ao Estado do Pará, onde foram poupadas 156 vidas para cada mil que atingiram os 60 anos de idade.

Para o Amazonas, a probabilidade de sobrevivência entre os 60 e 80 anos de idade para foi de 464 para cada mil, para homens e de 597 para cada mil, para mulheres. Nos anos 1980, 281 mil para cada mil vidas chegavam aos 80 anos, e em 2019, 464 pessoas a cada mil chegavam aos 80 anos, ou seja, em 20 anos, 133 vidas são poupadas a cada mil, no Amazonas.

Essas são algumas informações das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil referente a 2019, e divulgadas hoje (26/11) pelo IBGE. A expectativa de vida fornecida pelo estudo é um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. O estudo das Tábuas de Mortalidade são provenientes da projeção oficial da população do Brasil para o período 2010-2060.

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