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Mourão diz que ZFM é essencial para proteger a Amazônia, mas cobra inserção na bioeconomia

Vice-presidente cobrou a “turma que fala muito de Amazônia” para colocar recursos na mão das nossas empresas ou de empresas que venham a se estabelecer na Amazônia para fomentar e desenvolver a bioeconomia

Manter a Zona Franca de Manaus (ZFM) é essencial para proteger a Amazônia e utilizá-la de modo sustentável. Ela cumpriu o papel geopolítico de desconcentração de investimentos e geração de renda pública e privada, e trabalhou para a conservação da floresta no estado do Amazonas.

A afirmação foi feita pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que é o coordenador do Conselho da Amazônia, grupo criado pelo governo federal para combater a destruição da floresta e incentivar atividades econômicas ecologicamente corretas, disse que o desenvolvimento da Amazônia é o grande desafio do País.

Mourão lembrou que os incentivos fiscais do modelo ZFM tem prazo definido para acabar. “Hoje a Zona Franca está com seu prazo estendido até 2073. À medida que a Amazônia estiver mais integrada, com ambiente de negócios mais desenvolvido, haverá um desmame nessa questão do incentivo fiscal, até porque é cada vez menor o espaço governamental para administrar esse tipo de subsídio”, afirmou.

Mourão participava, na quinta-feira (27/8), do webinar “Brasil: Futuro Econômico”, promovido pela Federação das Câmaras de Comércio Exterior, Confederação Nacional do Comércio (CNC) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).

Na oportunidade, o vice-presidente cobrou a “turma que fala muito de Amazônia” dizendo que é hora de investir para desenvolver a bioeconomia da região. “É hora da turma que fala muito de Amazônia se apresentar no jogo e colocar recursos na mão das nossas empresas ou de empresas que venham a se estabelecer na Amazônia para fomentar e desenvolver a bioeconomia”, disse.

De acordo com Hamilton Mourão, existem três grupos pressionam o Brasil em relação à Amazônia: “O primeiro é quem faz oposição radical ao presidente Bolsonaro, aqui dentro mesmo, e busca apresentá-lo ao resto do mundo como a reedição de Átila, o Huno; o segundo grupo são os agricultores europeus, que não têm condições de competir com a gente. E o terceiro grupo são os ativistas ambientais, que acreditam que a Amazônia está sendo destruída e que isso terá uma influência no clima mundial”.

No entendimento do vice-presidente o futuro está intimamente ligado a nos inserirmos na bioeconomia e, para que isso aconteça, “é preciso que as cadeias de valor da Amazônia estejam devidamente mapeadas, que haja uma infraestrutura logística sustentável, com rios navegáveis, portos, aeroportos, a BR-319 voltando a funcionar, e obviamente temos que carrear investimentos, que hoje ficam complicados para o Estado brasileiro face à crise fiscal que enfrentamos. Compete ao Estado atrair os investimentos privados”, disse.

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