COLUNASOreni Braga

O TURISMO NO “NOVO NORMAL”

por Oreni Braga

O “novo normal” para o turismo mundial é uma preocupação do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e de todo empresariado internacional do setor, uma vez que deverão seguir vários protocolos e padrões a serem adotados após a pandemia do COVID-19.   

Com a abertura das fronteiras, a retomada do turismo internacional deve ocorrer, mesmo que em marcha lenta. No entanto, a necessidade de um esforço conjunto dos governos e da iniciativa privada é urgente e imediata, no sentido de fazer valer as medidas preventivas e evitar um repiquete mundial do Coronavírus.

Na Europa, Oceania e América, o turismo começa a viver um sinal de esperança, após a pandemia. Alguns países já começaram a reabrir as suas fronteiras, retomar voos e criar “bolhas de viagem” regionais, como é o caso da Eslovênia, Áustria e Alemanha que abriram as suas portas para a França, Suíça e Áustria. Todavia, há restrições para quem não é cidadão europeu. Nesse caso, o viajante ficará de quarentena (duas semanas), até confirmar o seu estado de saúde. 

Ainda na Europa vários países estarão abrindo as suas fronteiras a partir da 2ª quinzena de junho e em julho, destacando Espanha, Itália, Portugal, Grécia e Islândia. Os países bálticos como a Estônia, Letônia e Lituânia também já estão com as suas fronteiras liberadas. Ou seja, a Europa já começou a restaurar, mesmo que em marcha lenta, a economia do turismo.   

Nas Américas, o México já iniciou seus vôos em junho para os Estados Unidos, em especial para Cancún e outros destinos mexicanos de praia. 

Em outros cantos do mundo como na Turquia, serão retomados voos internacionais para cerca de 40 países, neste mês de junho, de forma gradativa. Já na China, eles estão apostando no turismo doméstico, por enquanto.

Países que tem no turismo o seu maior motor econômico começam a abrir as suas fronteiras, adotando as medidas de cuidados sanitários, como é o caso da Jamaica. Aquele país criou um Conselho constituído de membros do Ministério da Saúde e Bem-Estar, Ministério da Segurança Nacional e Relações Exteriores, além de parcerias internacionais e, em especial, o setor privado. A cada duas semanas os Protocolos de Saúde e Segurança são revisados e atualizados. 

Na América Latina, as esperanças não são tão promissoras. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), essa região será a última a retomar a aviação, por ter sido o último Continente a entrar na crise com atraso e ter adotado medidas muito severas em relação ao fechamento de suas fronteiras. 

E quais são as medidas que estão sendo adotadas nessas viagens no “novo normal”? Algumas companhias aéreas começaram a deixar as poltronas do meio, vazias, aumentando o espaço entre o passageiro do corredor e da janela, mas essa decisão inviabilizava os voos de longa distância; outras companhias começaram a vender o bilhete mais caro para os clientes que desejassem ficar com a poltrona do meio, vazia, porém essa atitude foi criticada pelo público.

Surgem outras iniciativas como virar as poltronas do meio para trás, mudando a configuração da aeronave; outra proposta é inserir telas de acrílico entre os passageiros. Enquanto não há uma iniciativa acatada internacionalmente pela IATA, a Associação determina que em todos os vôos, as tripulações e os passageiros sejam obrigados a usar máscaras. Algumas companhias obrigam a sua tripulação a usar máscara e luvas.

Outro fator relevante é a questão do serviço de bordo. As companhias estão evitando servir alimentos e bebidas durante o voo, tendo em vista que o comissário de bordo se tornaria o vetor de transmissão de um passageiro para o outro, além do que o passageiro terá que ficar sem a máscara para se alimentar.  

Mas, os passageiros de voos domésticos podem ficar tranqüilos que as medidas que estão sendo adotas pelas companhias aéreas são as melhores possíveis, tais como: higienização das aeronaves e limpeza para combater o coronavírus; sistema de recirculação do ar do avião, a cada três minutos, os quais removem quase 100%as partículas existentes.

Uma das medidas que as companhias aéreas de alguns países estão adotando, além de todas as mencionadas, é o controle de temperatura dos passageiros. Caso o passageiro esteja com febre, seu embarque será negado e encaminhado aos serviços médicos. Em caso de desembarque, os protocolos serão adotados.

Esses são protocolos sanitários importantes que o mundo está adotando. No Brasil, o controle de temperatura ainda não está em curso, mas a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) tem monitorado e atualizado as companhias aéreas nacionais na adoção de todos os protocolos que visam oferecer a segurança do passageiro.

Nos aeroportos, os funcionários estão organizando os passageiros, adotando uma distância de 02 metros nas filas ou nos assentos na sala de embarque. Isso ajuda e muito no possível contágio.

É minha gente, enquanto essa onda ruim não passa, é recomendável evitar comer em aeroportos; comer em aviões, até porque os preços são exorbitantes; evitar uso de banheiros da aeronave; andar sempre com seu álcool em gel na bolsa e deixar para embarcar por último. 

No mais, se precisar viajar agora, prepare o bolso para pagar uma fortuna, fé em Deus e Saúde! Se cuide!


Oreni Braga é Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental, Especialista em Ecoturismo, Planejamento e Gestão de Parques e Design de Ecolodges.


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