SAÚDE

Fuam produz vídeos em língua indígena sobre prevenção ao novo coronavírus

Com o objetivo de reduzir os impactos da pandemia do novo coronavírus sobre as populações indígenas no estado do Amazonas, a Fundação Alfredo da Matta (Fuam), junto com instituições parceiras, está produzindo vídeos para comunidades indígenas aldeadas, em suas línguas nativas, com informações sobre a doença. O conteúdo inclui as formas de prevenção e distanciamento social no contexto das comunidades indígenas.

O trabalho tem à frente o Núcleo de Telemedicina e Telessaúde (Nutes/Fuam) e as seguintes instituições:  DAHW (organização não-governamental alemã), Itepes (Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia), DSEIs do Amazonas (Distrito Especial de Saúde Indígena), Casai Manaus (Casa de Saúde Indígena) e Núcleo Telessaúde Estadual do Amazonas (Universidade do Estado do Amazonas – UEA).

Segundo o médico e coordenador do Nutes/Fuam, Luiz Cláudio Dias, dois vídeos já foram produzidos, de um total de cinco que estão previstos. A ideia é estar o mais próximo possível das diferentes etnias, disponibilizando material educativo em diferentes línguas, respeitando as características de cada grupo indígena e facilitando o processo educativo.

“Esperamos que esses vídeos, com mensagens em sua língua própria e através da fala de um profissional de saúde indígena, possam chegar até as populações aldeadas para que elas tenham a oportunidade de ter informação em tempo hábil sobre prevenção à infecção, reconhecendo sinais e sintomas da doença Covid-19”, explica Luiz Cláudio.

Para o diretor-presidente da Fuam, Ronaldo Amazonas, os vídeos têm uma importância significativa para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus junto às populações indígenas. “Os primeiros dois vídeos são em língua Tikuna e Marubo e serão de extrema importância para ajudar os povos indígenas na compreensão e enfrentamento ao novo coronavírus”, destaca.

Teleducação em saúde indígena – A disseminação de conteúdos de saúde por meio de vídeos para populações indígenas, em suas línguas maternas, não é uma novidade para o Núcleo de Telemedicina e Telessaúde da Fundação Alfredo da Matta. “O Nutes do Alfredo da Matta já desenvolve atividades de formação de profissionais de saúde indígena em hanseníase, tuberculose e infecções sexualmente Transmissíveis (IST) há alguns anos”, explica o coordenador Luiz Cláudio Dias.

Segundo ele, um dos produtos da formação destes profissionais é a produção de vídeos educativos sobre as doenças abordadas em sua língua materna com o objetivo de fazer a educação em saúde qualificada para as populações indígenas. “Informação em saúde, educação em saúde e prevenção em saúde é o nosso objetivo com este projeto”, frisa.

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