Um ano após desabamento, Prefeitura decide reconstruir passarela atingida por carreta em Manaus
Obra será feita com recursos próprios após impasse judicial com seguradora; nova estrutura terá mais segurança e acessibilidade
Após mais de um ano do desabamento da passarela Santos Dumont, na avenida Torquato Tapajós, a Prefeitura de Manaus anunciou que dará início à reconstrução da estrutura. O colapso ocorreu em 6 de julho de 2024, quando uma carreta que transportava maquinários pesados colidiu com a passarela, na altura do Conjunto Hileia, zona Centro-Oeste da cidade. Apesar da gravidade, o município enfrentou entraves judiciais para responsabilizar a empresa envolvida no acidente e decidiu arcar com os custos da obra para garantir segurança à população.
Segundo a gestão municipal, a seguradora acionada se recusou a reconhecer a responsabilidade pelo ressarcimento, e o caso foi judicializado. Diante da demora e da urgência em restaurar a travessia de pedestres na região, a Prefeitura optou por usar recursos próprios para executar a obra.
“Mesmo não sendo uma obrigação direta do município, vamos garantir a reconstrução imediata da passarela, porque a segurança dos cidadãos é prioridade. A ação judicial continua, e vamos buscar o ressarcimento por vias legais”, informou a Prefeitura em nota oficial.
A nova passarela será construída com estrutura pré-fabricada e padrões atualizados de segurança e acessibilidade. Diferente da anterior, que tinha 4,50 metros de altura, a nova travessia terá 5,50 metros, o que deve evitar colisões futuras e oferecer mais conforto aos pedestres.
A obra será conduzida pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e prevê execução ágil para minimizar os transtornos à mobilidade urbana da região, onde há intenso fluxo de veículos e pedestres.
Relembre o acidente
No dia 6 de julho de 2024, uma carreta que transportava três maquinários pesados — um trator, uma retroescavadeira e um rolo compactador — colidiu com a estrutura metálica da passarela, provocando seu desabamento. Duas pessoas ficaram feridas no local: um motociclista e um pedestre que transitava próximo à base da passarela.
Desde então, a região passou a funcionar sem a travessia aérea, forçando pedestres a arriscar o cruzamento em meio ao tráfego intenso da Torquato Tapajós — um dos principais corredores de ligação entre o Centro e a zona Norte de Manaus.
Com o início das obras, a expectativa da Prefeitura é restabelecer a travessia em condições seguras até o primeiro semestre de 2026, marcando o fim de uma espera que já dura mais de 12 meses.