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Mestrado nos EUA exige planejamento e análise cuidadosa

Terminada a graduação, é comum que muitos já se preparem para ingressar no mestrado. Para quem deseja estudar fora do Brasil, os Estados Unidos são um destino frequente. Cerca de 30% dos alunos brasileiros que foram ao país norte-americano fazem pós-graduação, segundo dado do relatório da Open Doors.

A decisão de estudar nos Estados Unidos exige uma análise cuidadosa para garantir que a universidade escolhida esteja alinhada com o perfil acadêmico do aluno. É o que afirma Alessandra Crisanto, especialista em carreira internacional e CEO da Study & Work USA, empresa que presta consultoria a brasileiros interessados em estudar no exterior.

Primeiramente, para estar elegível ao mestrado, a pessoa precisa ter completado um bacharelado ou graduação equivalente. Segundo Crisanto, a maioria das instituições exigem curso superior de três anos ou mais para aceitar a matrícula.

Cumprido o primeiro requisito, a orientação é ter uma compreensão clara dos objetivos de carreira, diz a profissional. “Pergunte a si mesmo: quais são suas metas de longo prazo? Você está buscando uma carreira em pesquisa, um cargo em uma grande empresa ou empreender no seu setor? Identificar as aspirações ajudará a filtrar universidades que tenham programas de excelência na área de interesse”, afirma.

Crisanto exemplifica a questão da seguinte forma: se a pessoa tem interesse em engenharia de software, deve buscar universidades com departamentos de ciência da computação renomados e acesso a laboratórios de última geração. Caso a paixão esteja nas ciências humanas, o foco deve ser em instituições que incentivam projetos interdisciplinares e ofereçam uma boa base em pesquisa. 

“Antes de se comprometer com uma universidade, entenda detalhadamente os custos envolvidos, incluindo mensalidades, taxas de matrícula, hospedagem e alimentação. Pesquise quais universidades oferecem bolsas de estudo e programas de auxílio financeiro para estudantes internacionais. Algumas instituições são conhecidas por seu apoio generoso a alunos estrangeiros, ajudando a aliviar o peso financeiro”, diz.

Conhecimento do inglês

Crisanto esclarece que a fluência no inglês é um requisito importante para ingressar em programas de mestrado nos Estados Unidos ‒ sendo comum, inclusive, a exigência de certificados que demonstrem a proficiência na língua. Entretanto, quem quer fazer um mestrado no país e não tem fluência completa em inglês possui alternativas.

“Algumas instituições nos EUA oferecem cursos de inglês intensivos para estudantes internacionais que desejam aprimorar suas habilidades no idioma antes de ingressar em um programa de mestrado. Esses cursos são chamados de programas de English as a Second Language (ESL) ou cursos preparatórios de inglês”, afirma.

Outra possibilidade é a admissão condicional, opção voltada a estudantes internacionais que atendem a todos os requisitos de admissão, exceto a proficiência no idioma inglês. “Nesse caso, podem ser admitidos com a condição de que concluam com sucesso cursos de inglês intensivos antes de iniciar o programa de mestrado”, diz. As opções, no entanto, não estão disponíveis em todas as instituições.

Trabalho

Crisanto explica que outra dúvida comum é se estudantes internacionais podem trabalhar legalmente nos Estados Unidos enquanto fazem o mestrado. Nesse caso, ela afirma que é necessário ter autorização, sendo que as duas mais comuns são a Curricular Practical Training (CPT) e o Optional Practical Training (OPT).

O CPT permite que estudantes internacionais de mestrado realizem estágios e empregos relacionados ao seu campo de estudo enquanto estão matriculados na universidade. É uma autorização frequentemente utilizada para ganhar experiência prática durante o programa de mestrado, esclarece.

“Para ser elegível ao CPT, o estudante deve atender a requisitos específicos. Dependendo do curso, inclui ter concluído um ano de estudos em tempo integral em um programa acadêmico, e obter a aprovação do Designated School Official [profissional que supervisiona estudantes internacionais] da universidade”, acrescenta Crisanto.

Com o OPT, estudantes internacionais de mestrado conseguem trabalhar fora do campus após a conclusão do programa acadêmico por um período de até 3 anos.

“É importante notar que, tanto no caso do CPT quanto do OPT, o trabalho deve estar relacionado à área de estudo de cada um. Além disso, os estudantes internacionais devem seguir as regulamentações e diretrizes específicas para garantir que estejam em conformidade com as leis de imigração dos Estados Unidos”, ressalta.

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Para saber mais, basta acessar: http://www.alecrisanto.com.br

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