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Manaus sedia lançamento da campanha ‘Feminicídio Zero’ no Amazonas

Evento, realizado na Assembleia Legislativa do Amazonas, contou com a presença da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Procuradoria Especial da Mulher, realizou audiência pública nesta  quinta-feira (19/9), no plenário Ruy Araújo, para marcar o lançamento da campanha “Feminicídio Zero: Nenhuma Violência contra a Mulher Deve Ser Tolerada”, com a presença da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves.

Na ocasião, também foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre a Procuradoria Especial da Mulher da Aleam e a Federação Amazonense de Futebol (FAF) para levar a campanha “Feminicídio Zero” aos estádios de futebol do Estado.

A campanha “Feminicídio Zero” tem como principais objetivos conscientizar a população e fortalecer o Ligue 180 — Central de Atendimento à Mulher — como um meio de acesso a apoio, informações e para o registro de denúncias. No Amazonas, a Procuradoria Especial da Mulher da Aleam atua como um canal de denúncias e oferece acolhimento psicossocial e jurídico, acessível via WhatsApp pelo número (92) 99400-0093.

Conforme a procuradora especial da Mulher da Aleam, deputada Alessandra Campelo, o Poder Legislativo, a partir dessas iniciativas, reforça sua atuação como agente ativo no combate aos feminicídios.

“A chegada da campanha ao nosso Estado é um marco na luta das mulheres, pois coloca o Amazonas como protagonista no combate ao feminicídio. É importante que homens e mulheres se unam nessa luta que deve ser de toda sociedade”, destaca a parlamentar.

Números de feminicídios crescem no País

A ministra Aparecida Gonçalves tem percorrido todos os estados brasileiros a fim de lançar a campanha e firmar o compromisso de promoção de iniciativas que visam diminuir os números crescentes de feminicídios no País.

“Precisamos levar aos espaços de debate a campanha sobre o ‘Feminicídio Zero’. Isso é importante porque uma mulher é estuprada a cada seis minutos no Brasil, porque aumentou em 15% o número de estupros de crianças de 0 a 4 anos e em 20% os estupros de crianças de 5 a 9 anos. Infelizmente essa estatística não é diferente aqui no Amazonas. Essa campanha precisa ser de todos nós. Não é possível que a questão da mulher seja tão silenciada. Sabe por que precisamos ir até os estádios? Porque a violência contra mulher aumenta 26% em dias de jogos”, alertou.

A ministra reforçou a importância da divulgação dos canais para denúncia de casos de violência contra a mulher. Conforme ela, são inúmeros os casos em que os pedidos de socorro são silenciados, resultando em feminicídio e na orfandade de crianças, filhos de mulheres assassinadas.

“Como é que ninguém escuta uma mulher pedindo socorro? Imagina a dor de uma criança violada ou que perde uma mãe assassinada. Nós precisamos que as pessoas falem, se metam, que denunciem para ajudar a salvar aquela vida. Não podemos ficar caladas. É sobre sonho e esperança de Justiça. O Feminicídio Zero deve ser um debate nacional para não ficarmos preocupados com os órfãos do feminicídio, para que não tenhamos mulheres mortas só pelo fato de serem mulheres. O combate ao feminicídio é uma questão de vida e de Justiça”, declarou.

Foto – Alberto César Araújo / Aleam

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