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Manaus bate recorde de dia mais quente do ano e se aproxima de marca histórica, aponta Inmet

Calor extremo preocupa especialistas por seus impactos na saúde pública, no consumo de energia e nas atividades econômicas da capital amazonense

A capital amazonense registrou a temperatura mais alta de 2024 na tarde desta quinta-feira (19/), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A estação automática do órgão apontou uma máxima de 38,2°C por volta das 15h, colocando Manaus próxima das marcas históricas de calor das últimas três décadas. A temperatura extrema intensifica as preocupações sobre as mudanças climáticas e seus impactos na região.

Especialistas alertam que as altas temperaturas, além de desconforto, trazem prejuízos significativos para a saúde da população e para a economia local. O calor excessivo contribui para o aumento de problemas respiratórios e desidratação, afetando principalmente idosos e crianças. Unidades de saúde têm registrado um aumento no número de atendimentos relacionados a doenças provocadas pelo calor, como insolação e desidratação.

Além disso, o calor impacta diretamente o consumo de energia, já que o uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores dispara. Segundo dados da concessionária local, o aumento da demanda por eletricidade pressiona o sistema, podendo levar a sobrecargas e apagões. O setor produtivo também sofre com a alta temperatura: trabalhadores em áreas externas, como construção civil e logística, são diretamente impactados, enfrentando maior risco de exaustão térmica.

Outro reflexo desse calor extremo são as dificuldades enfrentadas pelo transporte público, já que ônibus sem ar-condicionado se tornam verdadeiras “saunas móveis”. A prefeitura tem recebido reclamações crescentes da população, e campanhas de conscientização sobre a importância da hidratação e o uso de roupas leves têm sido intensificadas.

A meteorologia prevê que as próximas semanas ainda podem registrar temperaturas elevadas, e com a proximidade do verão amazônico, há a possibilidade de novos recordes. Especialistas também apontam para a necessidade de políticas públicas que ajudem a mitigar os efeitos do aquecimento global, como o aumento de áreas verdes e o incentivo ao uso de energias renováveis.

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