Ato público no Amazonas chama atenção para violência contra os idosos
Ação, realizada no Dia D da Operação Virtude, reuniu membros da rede de proteção e grupos de idosos
“Você me matou”, “Sofri em silêncio”, “Por que você me bateu, meu filho?”. As frases impactantes estavam em cruzes colocadas em frente ao Teatro Amazonas nesta quinta-feira (26/10), Dia D da Operação Virtude. A proposta da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e da rede de proteção era chamar a atenção para as violências diárias sofridas por idosos.
Promovido pela Secretaria Executiva Adjunta dos Direitos da Pessoa Idosa (Sedpi), o ato reuniu parceiros da rede de proteção, como o Ministério Público, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM), Polícia Civil, Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), Fundação Municipal Dr. Thomas, grupos de idosos e pastoral do idoso.
Jussara Pedrosa, titular da Sejusc, frisou que a mobilização chama a atenção e traz reflexões sobre a violência cotidiana contra pessoas idosas.
“As pessoas que passam por aqui param para ver o que são as cruzes e quando leem ficam impactadas, e é esse impacto que queremos causar, porque idosos sãos prioridade e são pessoas dignas de respeito, direitos e cuidados”, destacou a secretária.
“Me senti incapaz”
A pensionista Songela Gadelha, ficou viúva há 3 anos e, diante da perda, se sentia sem rumo. Há pouco tempo no grupo de idosos Viva Mais, ela percebeu que tinha muito a viver, fez novos amigos e encontrou uma nova ocupação.
Ela foi uma das convidadas a se posicionar ao lado das cruzes e escolheu a que tinha a frase “Me senti incapaz”, por se identificar e saber que há muitas pessoas na mesma situação.
“O grupo me fez olhar para os lados e ver que não é a idade que vai nos impedir de viver. A frase na cruz é muito importante, porque às vezes a gente se sente impotente, mas não somos e esse ato chama atenção para isso também”, conta a idosa.
Operação Virtude
A Operação Virtude é deflagrada em todo o Brasil neste mês de outubro, verificando denúncias de diversas violências contra pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
Fotos: Ygson França/Sejusc
