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Amazonas constrói escolas em Unidades de Conservação para ampliar a oferta de educação ambiental

Projeto “Escolas da Floresta” consiste na construção de unidades de ensino em Unidades de Conservação (UCs) e nasce com proposito de conter avanço das mudanças climáticas no estado

Cumprindo agenda em Brasília, nesta segunda-feira (27/03), o governador do Amazonas, Wilson Lima, está em buscar parcerias para o enfrentamento de impactos de mudanças climáticas. E uma das propostas do governo estadual, com esse propósito, é a implantação do projeto Escola da Floresta, que o governador apresentou ao embaixador da Alemanha Heiko Thoms e ao representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Morgan Doyle.

O projeto consiste na construção de unidades de ensino em Unidades de Conservação (UCs) para ampliar a oferta de educação ambiental a alunos da rede pública estadual.

“Eventos como os que aconteceram no sábado (em Manaus), de chuvas acima da média, se tornaram cada vez mais constantes. A gente não tem a menor dúvida de que isso é resultado das mudanças climáticas. E elas só podem estabilizar se nós, se o cidadão, começar a ter consciência e o respeito necessários ao que a gente tem de recursos naturais. E só conseguimos fazer isso de forma consistente quando a gente começa a educar as nossas crianças”, ressaltou Wilson Lima.

Os representantes do BID e do governo Alemão destacaram a importância do projeto e irão avaliar a possibilidade de firmar parcerias.

O projeto Escola da Floresta, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), prevê a construção de três unidades na Área de Proteção Ambiental (APA) Caverna do Maroaga, em Presidente Figueiredo; na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, em São Sebastião do Uatumã; e na RDS Piagaçu Purus, no município de Beruri.

Conceito sustentável

O governador já assinou a ordem de serviço para a implantação da Escola da Floresta da RDS Uatumã.

As escolas, projetadas para ter um baixo impacto ambiental, serão construídas em modelo sustentável, com a utilização de madeira de manejo florestal sustentável e, também, madeira fruto de apreensão realizadas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) em atividades de extração ilegal.

O espaço físico sustentável é um dos tripés da Escola da Floresta, que também terá gestão democrática, com respeito à diversidade sociocultural e aos direitos humanos, e vai promover a educação ambiental com foco na preservação de recursos naturais. A meta é fortalecer o desenvolvimento socioambiental sustentável.

“A gente está construindo nossa Escola da Floresta com todo esse conceito de sustentabilidade. É uma estrutura que é inédita no estado do Amazonas e a gente vai começar pelas reservas de desenvolvimento sustentáveis. Então, também vim aqui apresentar para o BID essa proposta”, ressaltou Wilson Lima após apresentar projeto ao banco.

“Nós já começamos a construir a primeira (Escola da Floresta) e a gente tem, nesse primeiro momento, três escolas previstas para serem construídas. Mas a gente quer colocar em todas as reservas de desenvolvimento sustentáveis que nós temos no estado do Amazonas e depois replicar esse modelo para as áreas urbanas”, frisou o governador.

Fotos: Diego Peres/Secom

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