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Além Caprichoso e Garantido, outros bumbás ajudam a divulgar o folclore parintinense

Estrelinha, Rasgadinho, Mineirinho, Espalha Emoção, Touro Branco, entre outros, ajudam a contar o folclore amazônico com irreverência e originalidade, para crianças e adultos

De hoje a domingo (24 a 26/06), o governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), promove o 55º Festival Folclórico de Parintins, mas a Ilha Tupinambarana tem mais cores além do azul e vermelho.

Os bumbás Estrelinha, Rasgadinho, Mineirinho, Espalha Emoção, Touro Branco, entre outros, ajudam a contar o folclore amazônico com irreverência e originalidade, para crianças e adultos.

Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, o Complexo Cultural do Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins foi classificado como bem cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em novembro de 2018.

“São manifestações consideradas bens imateriais, no que diz respeito à música, ao espetáculo, narrativa, dos bois de rua, de terreiro, de arena. O Iphan registrou toda a manifestação cultural como bem imaterial, isso inclui não só os bois Caprichoso e Garantido, como também as diversas outras formas de brincar de boi no Médio Amazonas e Parintins”, explica Marcos Apolo.

De acordo com o Iphan, o Boi de Terreiro tem como tema principal a morte e o retorno à vida do animal. O Boi de Rua se refere a uma variação urbana e itinerante, que envolve os moradores de Parintins. O último e mais conhecido é o Boi de Arena, que remete a uma modalidade de caráter competitivo no Bumbódromo, entre Caprichoso e Garantido.

Boi mirim
A reprodução dessa tradição está garantida para as próximas gerações, segundo o presidente do Boi Mirim Estrelinha, Renner Ramos. A modalidade Boi Mirim leva crianças e adolescentes a nutrir o amor pelo Festival Folclórico de Parintins e prepara os futuros itens dos bois Garantido e Caprichoso, conforme o presidente.

“Nós alimentamos em nossas crianças e adolescentes o desejo de manter viva a nossa cultura, o que é importantíssimo para nós”, comenta Renner Ramos.

Além do Estrelinha, os bois Mineirinho e Tupy também integram o trio na disputa dos bois mirins.

“O Mineirinho é um legado de família, que vem passando de geração em geração, e hoje nossa agremiação é composta por, aproximadamente, 80 crianças e adolescentes”, afirma Douglas de Jesus, presidente do Mineirinho.

Parintins ainda conta com um festival de minibois, com a Associação Folclórica Mini Boi-Bumbá Caprichoso e Associação Folclórica Mini Boi-Bumbá Garantido.

Representatividade
As galeras LGBTQIA+ estão representadas em Parintins, mas a rivalidade fica somente nas redes sociais, já que não há disputa entre os bois, conforme a vice-presidente do Boi Rasgadinho, Shirley Marinho.

Com irreverência, Rasgadinho e Boiola apresentam paródias de toadas, muita cor e alegria.

“A disputa acontece entre os próprios brincantes, que se divertem, incorporando suas musas do festival de Parintins”, relata Shirley.

Fotos: Divulgação

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