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Roraima alcança US$ 35,9 milhões em exportações e emplaca maior índice desde 1997

Venezuela é o principal comprador dos produtos roraimenses. Embutidos de carne, margarina, temperos, óleo de soja e fertilizantes foram os principais produtos exportados pelo estado de Roraima

Roraima atingiu a marca de US$ 35,9 milhões em exportação, no fevereiro deste ano. É o maior índice registrado no Estado desde 1997. Os dados são da Coordenadoria Geral de Estudos Econômicos e Sociais (CGEES) da Secretaria do Planejamento e Orçamento de Roraima (seplan), com base nos dados do Portal Comex Stat, do Ministério da Economia.

De acordo com os dados divulgados pelo governador Antonio Denarium, houve um ganho de US$ 2,5 milhões a mais em relação a janeiro deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2021, foram arrecadados US$ 33,1 milhões em exportações, o que significa um aumento de 34% entre um ano e outro.

“Isso é reflexo do forte potencial de Roraima para se tornar um grande expoente econômico dentro do Brasil. Temos produtos de qualidade para vender e o governo tem trabalhado para mudar o cenário produtivo do nosso Estado”, comemorou Antonio Denarium.

Os dados da Seplan apontam que os produtos mais exportados foram embutidos de carne (linguiça) com o valor de US$ 8,3 milhões, margarina com o valor de US$ 7,5 milhões, preparações alimentícias com o valor de US$ 4,4 milhões, óleo de soja com o valor de US$ 2,2 milhões, açúcares no valor de US$ 1,8 milhões e agentes orgânicos com o valor de US$ 1,4 milhões. Todos estes produtos foram vendidos para a Venezuela

O secretário-adjunto de Planejamento e Orçamento, Fábio Martinez, destaca a parceria comercial com a Venezuela como um dos fatores para o resultado positivo das exportações. Também salienta que a venda da soja, atualmente o principal produto de exportação do Estado.

“A soja é o nosso principal produto de exportação, mas é sazonal, tanto é que agora no mês de fevereiro, não teve exportação de soja. Mas a gente não pode esquecer desse grande produto, que vem aumentando sua produção e, consequentemente também, sua exportação”, explica.

Sobre as vendas para a Venezuela, Martinez destaca que o Estado e o país vizinho tem sido grandes parceiros comerciais desde que, por lá, foram liberados os impostos para compra de materiais essenciais.

“É claro que, também por conta dos embargos americanos, principalmente nos portos venezuelanos, acabou estimulando para que a Venezuela comprasse por via terrestre dos parceiros aqui. No caso, Roraima e o próprio Amazonas também foram os grandes beneficiados, por assim dizer”, disse o secretário adjunto.

“A gente continua abastecendo o mercado venezuelano. Boa parte desses produtos de fato não são produzidos aqui em Roraima, a gente acaba intermediando. Mas ainda assim o lucro e a margem de comercialização ficam aqui, os empregos também ficam aqui. É uma vantagem, um impacto muito grande para o PIB de Roraima essa movimentação tão acentuada. E a tendência natural é que a gente permaneça nisso”, completa.

Arquivo/Secom RR

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