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Projeto proporciona recuperação da qualidade de vida para pacientes com sequelas da covid-19

“Aos poucos estou voltando a caminhar”, comemora Walber Santos, 62, que está há dois meses em tratamento no projeto RespirAR, idealizado pelo governo do Amazonas em apoio a pacientes da covid-19

Buscando retornar a sua rotina através do RespirAR, o paciente Walber Raimundo Amaral Santos, 62, há dois meses em tratamento no projeto do Governo do Amazonas, coordenado pela Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar) e pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).

Em processo de exercícios físicos desde o dia 25 de janeiro, no Centro de Convivência do Idoso, no bairro Aparecida, zona sul, o aposentado conta que antes de ser acometido pela Covid-19 costumava fazer atividades, como caminhada e futebol nos finais de semana.

“Eu vim para o projeto e, logo de cara, fui encaminhado para a fisioterapia. Isso me fez melhorar bastante. E, neste momento, estou me exercitando. Graças a Deus melhorei e, aos poucos, estou voltando a caminhar”, afirma Walber, que trabalhou 30 anos na Polícia Civil.

Sobre uma das propostas do projeto que é alinhar esporte com saúde pública, o diretor-presidente da Faar, Jorge Oliveira, explica.

“O governador Wilson Lima foi assertivo ao abraçar o projeto que muda a perspectiva de muitos amazonenses. O RespirAR é a prova de que o esporte está profundamente ligado aos resultados promissores à saúde pública do estado, alcançando mais de 50 mil atendimentos aos pacientes que poderiam desenvolver comorbidades devido às sequelas da covid-19 e, agora, estão em plenas condições físicas para atividades do dia a dia e esportivas”, avalia Jorge Oliveira, diretor-presidente da Faar.

Antes de iniciar os exercícios físicos, Walber já passou por 10 sessões de fisioterapia no RespirAR. Entre os exercícios que o aposentado realizou, estão: os exercícios de mobilidade lombar ativa e passiva, exercícios de ponte associado com isometria, fortalecimento de core, tração articular em lombar, fortalecimento muscular de membros inferiores e alongamentos e exercícios de cardio na esteira e cicloergômetro.

“Nas duas primeiras sessões com o Walber, fizemos exercícios de condicionamento cardiopulmonar na esteira, treino de percurso de marcha sem obstáculos, além de exercícios de subir e descer no step e exercícios de mobilidade. Nas sessões seguintes intensificamos os exercícios cardiopulmonares, percurso de marcha com obstáculos, exercícios de sentar e levantar sem apoio e exercícios de equilíbrio estático e dinâmico”, explicou o fisioterapeuta Romildo Saraiva.

Na sequência dos exercícios, o fisioterapeuta explicou que na sexta e sétima sessões foi trabalhado o fortalecimento das musculaturas de membros inferiores; exercícios de core para o fortalecimento de toda a musculatura abdominal; exercícios de marcha estacionária na cama elástica; e mobilidade ativa de todo membros inferiores. E nas três últimas sessões foram exercícios alternados, feitos durante as 10 sessões, mas com baixa e média intensidade.

Comorbidade

Por conta de um acidente, Walber sofre com uma hérnia lombar, comorbidade que também o limita a fazer atividades em seu dia a dia. O ex-policial civil diz que o tratamento realizado com os profissionais do RespirAR proporcionou melhora até neste seu antigo quadro.

“Os profissionais são de primeira qualidade, agradeço ao governador pelo projeto que está ajudando muita gente, tenho colegas que estão fazendo o tratamento e estão melhorando. Com o pouco tempo que tenho no RespirAR, já estou melhorando bastante e adquirindo força nas pernas e respirando cada vez melhor”, concluiu Walber Santos.

Projeto

Até janeiro, o RespirAR já realizou mais de 50 mil consultas em suas dez unidades de atendimento espalhadas pela capital. O projeto conta com um quadro de 78 fisioterapeutas, 23 profissionais de educação física, 29 estagiários de educação física, além de 7 técnicos de enfermagem. O projeto que teve início na Vila Olímpica, agora também está presente em três Centros de Convivência estaduais, quatro Policlínicas, dois Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMIs), alcançando assim, diferentes regiões da capital.

Foto: Gama/Faar

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