CIDADANIA

Em Manaus, reeducandos do programa Trabalhando a Liberdade iniciam última etapa de serviços na Apae

Os trabalhos estão sendo executados por oitos internos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), onde os mesmos estão executando serviços de manutenção no telhado, pintura predial e roçagem do espaço

Os reeducandos do Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2), que fazem parte do programa de ressocialização Trabalhando a Liberdade, da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), estão finalizando a última etapa dos serviços de roçagem e limpeza na sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que fica localizada na avenida Ivanete Machado, Parque Dez de Novembro, zona sul da cidade.

As atividades iniciaram em setembro deste ano e serão concluídas com os serviços de pintura. Ao todo, seis detentos estão executando os trabalhos na associação, atividades que permitem que eles desenvolvam e coloquem em prática as suas habilidades enquanto cumprem suas penas.

Para o secretário titular da pasta, tenente-coronel Paulo Cesar Gomes, os serviços, além de beneficiar os reeducandos com a diminuição da pena, também colaboram para promover o aperfeiçoamento de suas habilidades.

“Através deste programa, a secretaria está empenhada em ajudar a integrar os detentos à sociedade, visto que eles podem voltar a conviver com diferentes tipos de pessoas, que passam a vê-los não só como detentos, mas como cidadãos que estão fazendo a sua parte para a melhoria da sociedade”, ressaltou.

A Apae é uma sociedade civil filantrópica, de caráter cultural, assistencial e educacional, sem fins lucrativos, e é uma das maiores redes de apoio às pessoas com deficiência intelectual ou deficiência múltipla.

Atualmente, existem cinco Apaes distribuídas pelo estado do Amazonas, sendo uma em Manaus e outras quatro em municípios do interior: Itacoatiara, Tefé, Careiro, Autazes e Manacapuru. Elas têm como objetivo central promover medidas de âmbito municipal visando não só o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com necessidades especiais, mas também a sua inclusão na sociedade.

De acordo com o diretor do CDPM 2, Magno Raposo, os trabalhos permitem ofertar aos reeducandos muitos valores sociais e éticos como a responsabilidade e o comprometimento.

“Quando a Seap proporciona isso, eles se sentem valorizados e passam a utilizar o cumprimento da pena de forma proveitosa, para eles e para o Estado”, enfatizou.

Frentes de trabalho

Além da revitalização na sede da Apae em Manaus, os reeducandos do Trabalhando a Liberdade estão atuando também em serviços de revitalização da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itacoatiara.

Os trabalhos estão sendo executados por oitos internos da Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI), onde os mesmos estão executando serviços de manutenção no telhado, pintura predial e roçagem do espaço.

Redução da pena – Os detentos que realizam serviços e participam do Trabalhando a Liberdade podem diminuir um dia de suas penas a cada três dias trabalhados, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP), Lei nº 7.210/1984.

Fotos: Divulgação/Seap

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