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Associações de Unidades de Conservação reforçam importância do telessaúde

Reunião foi realizada virtualmente com as principais lideranças das Unidades de Conservação Estaduais que têm o apoio da Fundação Amazônia Sustentável (FAS)

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) realizou nesta quinta-feira, dia 2 de dezembro, o 33º Encontro de Lideranças de Unidades de Conservação (UCs), com a participação de aproximadamente 70 pessoas. Com o objetivo de manter o diálogo com as associações parceiras da FAS, a reunião reforçou a importância dos pontos de telessaúde no estado, além de apontar demandas e necessidades das mais diversas regiões. 

O primeiro item da pauta foi a apresentação sobre os principais resultados da Aliança Covid-Amazônia. Desde o início das ações, em abril de 2020, foram captados recursos na ordem de R$ 44 milhões, beneficiando mais de oito mil comunidades e 600 mil pessoas. As ações da Aliança foram validadas pelas lideranças comunitárias. 

Segundo Raimundo Xexéo, presidente da Associação dos Moradores e Usuários da RDS Mamirauá Antônio Martins (Amurman), “a FAS foi a única instituição que atuou dentro da Reserva Mamirauá e isso fortaleceu a confiança. A educação para a vacinação tem que continuar, porque a pandemia não acabou”, comentou. 

Um dos resultados da atuação da Aliança Covid-Amazônia foi a instalação de mais de 95 pontos de conectividade, localizados em 29 municípios, 22 Unidades de Conservação (UCs) e 16 Terras Indígenas (TIs). Desde o início das atividades, já foram 1.052 teleatendimentos, 562 orientações e 93 webpalestras. A iniciativa tem o apoio da JBS, Siemens Caring Hands, Instituto Welight, Todos pela Saúde, Embaixada da França, Embaixada da Irlanda, entre outros parceiros. 

Segundo o líder Ney Silva, da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, o telessaúde diminuiu o tempo de espera por consultas médicas: “Antes, a marcação de exames demorava muito tempo e agora são mais rápidas. Os comunitários estão procurando cada vez mais os atendimentos”. 

Para Antônio de Souza, da RDS Piagaçu-Purus, o ponto de telessaúde tem outros benefícios: “Com a conexão aqui, a gente leva mais capacitação para agentes de saúde e hoje a gente tem estrutura para participar do encontro”. 

Outro momento de expectativa para as associações foi a participação do representante da Secretaria de Estado das Cidades e Territórios do Amazonas (SECT). A secretaria é responsável pelas Concessões de Direito Real de Uso (CDRUs), documento jurídico de concessão de terras públicas para moradores de UCs. De acordo com Paulo César Cavaletti, secretário executivo, em breve o governo do Amazonas deverá conceder as CDRUs para várias áreas. 

“Os documentos das RDS Uacari, RDS Piagaçu-Purus, RDS Uatumã, RDS Mamirauá, RDS Amapá, Floresta Estadual de Maués, RESEX Catuá Ipixuna, RDS Juma e RDS Madeira já estão  na Procuradoria Geral do Estado”, informou o secretário executivo.

Uma parte significativa do encontro foi a apresentação dos representantes das associações com as atividades do ano. Eles comentaram sobre as  principais demandas para 2022. Izabel de Mello Carvalho, da Associação de Agroextrativismo da Resex Catuá-Ipixina, pontuou que, ao longo do ano, foram desenvolvidos projetos telessaúde, melhoramento da produção de farinha, pesca controlada e captação de recursos. 

“Dentre as principais demandas para 2022, estão a organização comunitária da reserva, o ordenamento pesqueiro da Unidade de Conservação e o controle do desmatamento. A questão da pesca ilegal na região do Médio Solimões precisa ser resolvida”, observou. O próximo encontro deve ser realizado em fevereiro de 2022. A FAS atua em Unidades de Conservação do Amazonas, em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). 

Foto: Divulgação

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