MEIO AMBIENTE

Mutirão reúne indígenas e não índios para limpar as margens do igarapé Tarumã-Açu

Dia Mundial da Limpeza de Rios e Praias, organizado pela Ocean Conservancy, que é realizado em mais de cem países reuniu parceiros como o Idesam, prefeitura de Manaus, escoteiros e Remada Ambiental

A capital amazonense foi uma das cidades do Amazonas escolhidas para receber o Dia Mundial da Limpeza de Rios e Praias, evento organizado pela Ocean Conservancy e que é realizado em mais de cem países. A ação ocorreu no sábado (14/11), às margens do igarapé Tarumã-Açu, em uma extensão aproximada de 5km, na comunidade indígena Parque das Tribos, bairro Tarumã, zona Oeste da cidade.

A cacique-geral do Parque das Tribos, Lutana Kokama, afirma que o evento foi muito importante para as 37 etnias que fazem parte da comunidade.

“É uma oportunidade que a gente está tendo na comunidade, de muitas que virão. A nossa comunidade nunca teve uma ação de limpeza nos igarapés e o rio Tarumã é um dos mais afetados pelo lixo que cai no esgoto e cai na bacia do Tarumã-Açu. Então a importância dessa ação é para que possamos entender que o nosso rio tem que estar limpo e que precisamos preservar a natureza. Então é um privilégio muito grande para a nossa população indígena e não-indígena”, completou a cacique.

A coordenadora de Estado da Ocean Conservancy, Katia Kalinowski, explica que o evento sofreu algumas mudanças por conta da pandemia da covid-19.

“A gente ficou esses dois anos sem fazer o evento. Trabalhávamos em torno de 300 a 400 pessoas e este ano a gente teve que se adequar, para poder voltar o evento e não parar. Então estamos com cem voluntários hoje. Essa ação acontece em mais de cem países, simultaneamente, e geralmente no terceiro sábado de setembro. Este ano, por conta da pandemia e para evitar que muita gente participasse sem vacina, optamos por novembro, para ter validade para a Organização das Nações Unidas, a ONU”, resume Katia.

O evento contou com a parceria do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e também com a participação de mais de cem voluntários de projetos ambientais, como Remada Ambiental, Grupo Escoteiro do Mar Marquês de Tamandaré, Tropa Escoteira do Mar Cisne Branco, além dos moradores da comunidade indígena, além da prefeitura de Manaus por meio das secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), de Limpeza Urbana (Semulsp) e de Saúde (Semsa).

“É um evento que tem um alcance planetário. Lembrando que estamos tão longe do oceano, mas o que a gente descarta aqui, de alguma forma, vai acabar alcançando os oceanos. Aqui estão várias secretarias da administração do prefeito David Almeida e as atividades estão dentro do contexto dos nossos trabalhos, do nosso dia a dia, que é cuidar dos nossos igarapés, e a bacia do Tarumã-Açu é importantíssima, está no nosso território, e estamos fazendo uma ação com grande significado ambiental”, afirma Antonio Ademir Stroski, titular da Semmas.

Por orientação do prefeito David Almeida, toda estrutura do evento foi organizada pelas secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), de Limpeza Urbana (Semulsp) e de Saúde (Semsa).

“Estamos fazendo uma ação com diversas secretarias, com uma atenção especial ao problema de resíduos dos igarapés e isso alcança também a gestão adequada dos resíduos. A agenda da prefeitura está dentro do que as pessoas estão vendo, que toca a todos, que é a poluição dos igarapés e tratando das questões do clima. Compromissos que acontecem no planeta todo”, finalizou Stroski.

Todo o resíduo recolhido durante a ação foi transportado pela equipe da Semulsp até o Aterro de Resíduos Sólidos de Manaus.

Doação

Durante o evento, a prefeitura de Manaus realizou a doação de mais de 800 mudas de plantas para os comunitários, além de realizar plantio de mudas de plantas, na via que dá acesso ao igarapé Tarumã-Açu.

Maués

No dia 20 de novembro, o mutirão de limpeza acontecerá na orla da cidade de Maués, no rio Maués-Açu, das 9h às 13 horas. Nos dois eventos, a retirada do lixo será feita por aproximadamente 100 voluntários divididos em grupos monitorados por coordenadores.

Fotos – Marcely Gomes / Semcom

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