MEIO AMBIENTE

Defesa Civil do Amazonas monitora municípios em decorrência da estiagem

Conforme observações do Cemoa, faixa sudoeste do estado experimentou reflexo da escassez de chuvas promovidos pelo período seco

Com o encerramento das ações da Operação Enchente 2021, as atenções estão voltadas para o acompanhamento da estiagem. No Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), que faz parte de uma das frentes de trabalho do Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Estado do Amazonas (Subcomadec), é realizado o monitoramento diário de variáveis que podem desencadear ocorrências nas áreas do monitoramento hidrológico e meteorológico.

Os produtos gerados por esse trabalho, em colaboração com institutos, agências e centros de monitoramento, subsidiam e amparam as ações de planejamento e tomadas de decisões que serão fornecidas aos 62 municípios do estado. Documentos como parecer técnicos, informativos, avisos e alertas são disponibilizados regularmente para as Coordenadorias/Secretarias de Defesa Civil Municipais do Estado do Amazonas, com o objetivo de otimizar a gestão de risco (prevenção, mitigação e preparação) e o gerenciamento de desastre (resposta e recuperação) para evitar potenciais situações de calamidade, e minimizar impactos sobre a população.

Conforme monitoramento meteorológico realizado pelo Cemoa,  as condições oceânicas que dominam o clima apresentam status de neutralidade no mês vigente, sendo que, no panorama atual, tem-se observado que a faixa sudoeste do estado experimentou o reflexo da escassez de chuvas promovidos pelo período de estiagem, que podem ter impactos de forma pontual, sobretudo nas áreas que compreendem as calhas do Alto e Médio Juruá, Alto Purus e Alto Solimões.

O cenário futuro indica o retorno das chuvas, tendo em vista que o período seco já se encerra no mês de setembro. No mês seguinte (outubro), já deve ocorrer a transição entre a estação seca para chuvosa, em que se espera retorno das chuvas, conforme análise dos centros de referência em tempo e clima.

Segue a atualização do monitoramento do nível do rio nas Calhas do Amazonas:

Bacia do Juruá 

O nível do rio na região encontra-se em processo regular de vazante, com níveis baixos para o atual período do ano. A estação de referência, localizada em Cruzeiro do Sul, registrou na data de hoje (13/09) o nível de 3,77m (baixou 0,03m). No dia 10/09/1995, ano da menor vazante no município, registrou o nível de 2,56m (1,21m abaixo da cota atual).

A menor vazante registrada no rio Juruá, tendo como referência o município de Cruzeiro do Sul, deu-se no dia 1º/07/1995, atingindo a cota de 2,20m, faltando 1,57m para atingir a referida cota, enquadrando a região em Status de Alerta.

Bacia do Purus 

O nível do rio em Rio Branco (AC) se encontra em processo de vazante, com cotas baixas para o atual período do ano, indicando vazante severa na região, com influência remota nas regiões do Alto e Médio Purus. Estação referência para a região, localizada no município de Boca do Acre, registrou na data de hoje o nível de 4,22 m (subiu 0,02m). No dia 10/09/1998, ano da menor vazante no município, registrou o nível de 4,07m (0,15m abaixo da cota atual).

A menor vazante registrada em Boca do Acre se deu no dia 07/10/1998, atingindo a cota de 2,19m. A diferença de 2,03m para se atingir a referida cota enquadra a região em Status de Alerta.

Bacia do Madeira 

O rio Madeira se encontra em processo de vazante, com níveis no limite inferior à faixa de normalidade, indicando possibilidade de vazante severa na região. Estação que monitora a região no município de Humaitá registrou na data de hoje o nível de 10,86m (parado). No dia 10/09/1969, ano da menor vazante registrada no município, registrou o nível de 8,61m (2,25 m abaixo da cota atual).

A menor vazante registrada em Humaitá deu-se no dia 01/10/1969, atingindo a cota de 8,33m, faltando 2,53m para atingir a referida cota, enquadrando a região no Status de Atenção.

Bacia do Alto Solimões 

Em processo natural de vazante. A estação que monitora a região no município de Tabatinga registrou na data de hoje o nível de 1,58m (subiu 0,18m). No dia 10/09/2010, ano da menor vazante no município, registrou o nível de -0,24m (1,82 m abaixo da cota atual). A menor vazante registrada em Tabatinga se deu no dia 11/10/2010, atingindo -0,86m. A diferença de 2,44m para se atingir a referida cota enquadra a região em Status de Atenção.

Status dos municípios por calhas:

Situação de Atenção

• Calha do Madeira: Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte

• Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Iça e Tonantins

Situação de Alerta

• Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Itamarati, Eirunepé, Envira e Carauari

• Calha do Purus: Boca do Acre, Pauini e Canutama

Foto: Divulgação/Defesa Civil

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