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Prefeitura celebra Dia Nacional do Patrimônio Histórico com alusão à cultura e ancestralidade manauara

O presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles, destacou como as vivencias pessoais e principalmente culturais são capazes de moldar o ser humano

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico, comemorado em 17 de agosto, é uma data que busca rememorar a história dos cidadãos, promovendo o fortalecimento da identidade nacional e local, garantindo o direito a perpetuação da cultura. Em consonância com o objetivo da data festiva, a prefeitura de Manaus tem realizado, desde o início da gestão, restaurações, eventos e manifestações culturais.

A preservação do patrimônio histórico na cidade de Manaus é uma determinação do prefeito David Almeida e será feita de forma contínua, de acordo com o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Alonso Oliveira.

“É um compromisso do prefeito David Almeida, com a cidade de Manaus, zelar e cuidar dos patrimônios e espaços públicos que temos sob a administração da gestão. Independentemente da preocupação com essa data especial, 17 de agosto, nós já estávamos trabalhando no sentido de revitalizar todos os nossos espaços públicos. O que nos chama atenção é o legado deixado pela sociedade, há mais de 300 anos, e que hoje vem sendo cuidada, inclusive tivemos a felicidade de um grande trabalho iniciado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que levou a cidade de Manaus  ser reconhecida como uma das cidades históricas do País”, explicou Oliveira.

A prefeitura de Manaus inaugurou, em abril deste ano, o memorial da Aldeia da Memória Indígena, situado na Praça Dom Pedro II, um cemitério indígena milenar que guarda a ancestralidade dos povos originários de Manaus e traz de volta a memória e cultura local. Além disso, diversos espaços foram revitalizados e devolvidos à população, como a Biblioteca Pública Municipal João Bosco Pantoja Evangelista, que possui um acervo de mais de 32 mil livros de autores regionais e o Centro Cultural Óscar Ramos, casas 69 e 77 da icônica rua Bernardo Ramos, no Centro Histórico, que possui um dos maiores acervos de artes visuais do Amazonas e receberá no final do mês de agosto uma comemoração em alusão ao aniversário do artista homenageado no local.

Outras inaugurações e reaberturas de espaços recuperados – com a devida preservação do patrimônio histórico – estão previstas para os próximos meses da gestão, como o CAM – Centro de Arqueologia de Manaus, no antigo prédio da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na avenida Sete de Setembro – e os CATs – Centro de Atendimento ao Turista, da Praça Tenreiro Aranha, e da Ponta Negra.

O presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles, destacou como as vivencias pessoais e principalmente culturais são capazes de moldar o ser humano e o quanto a convivência com símbolos do patrimônio local são importantes para todas as pessoas.

“Nós somos o lugar onde nós nascemos, onde nós vivemos, onde nós construímos a nossa história. Nós não somos só subjetividades, nós somos também a nossa cidade e toda  a cidade tem o seu patrimônio, tem a sua memória e nós estamos aqui na aldeia da memória indígena de Manaus, um lugar que nos remete as nossas origens, a nossa ancestralidade, e um espaço todo ele permeado pela história da cidade de Manaus. Com o seu patrimônio histórico, seus prédios, suas edificações, onde durante muitos anos os destinos da nossa terra foram pensados e de alguma maneira foi definido”, enfatizou  Telles.

O ator, historiador e gestor do Museu da Cidade de Manaus, Leonardo Novellino, observou que o patrimônio histórico está nas pequenas coisas do dia a dia do cidadão, que devem ser percebidas.

“Esse é um dia para celebrar, é um dia para mostrar que devemos continuar investindo no nosso Centro Histórico, na nossa cidade tão cultural. Lembrando que a Unesco e a Organizações das Nações Unidas vem norteando que esses espaços como o Centro Histórico de Manaus merecem e devem ser promovidos, conservados, dando à população, e a cada manauara, que vem passear, que adentra ao museu e mergulha em um espaço de memória, que visita a sua biblioteca, e sai daqui com mais qualidade de vida. Patrimônio histórico é tudo de valor, aquilo que herdamos dos nossos pais, nós vivemos o patrimônio, o que comemos, a forma como são preparados os nossos pratos, os x-caboquinho, o pão nosso de cada dia, na mesa de todo manauara, o tambaqui assado, o pirarucu de casaca, dessa, daquela forma preparado, os nossos chás que nos curam, nos dão alívio, é tudo de relevância que nós herdamos e a atual gestão tem esse compromisso de também usufruir e levar para gerações futuras”, explicou Novellino.

Durante um ensaio fotográfico na praça Dom Pedro II, o cantor manauara Bruno Rodriguez, convidou a população a conhecer os espaços históricos e culturais do centro da cidade.

“Estou aproveitando esse calorzinho da nossa cidade, desde cedo, para fazer um ensaio fotográfico, e eu acho muito importante os artistas aqui da cidade mostrarem um pouco de Manaus, as pessoas virem conhecer também, porque a gente que trabalha com arte, música, visual, a gente está aqui para levar a imagem da nossa cidade. Temos muitas construções incríveis, patrimônios, eu acredito que não só as pessoas de fora, mas os cidadãos daqui mesmo, que não tiveram a oportunidade de conhecer o Museu, a Praça, o Palácio, afinal, Manaus é muito mais do que o Teatro Amazonas”, salientou Bruno.

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