SAÚDE

Casos de malária por Plasmodium falciparum são investigados em Carauari

No primeiro semestre deste ano, foram registrados 402 casos da doença pela espécie no município. Já nos primeiros seis meses de 2020, o quantitativo de casos de malária por esse tipo de protozoário era de 29 casos

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) investiga o aumento de casos de malária, causada pelo protozoário parasita Plasmodium falciparum, em Carauari (a 788 quilômetros a oeste de Manaus). No primeiro semestre deste ano, foram registrados 402 casos da doença pela espécie no município. Já nos primeiros seis meses de 2020, o quantitativo de casos de malária por esse tipo de protozoário era de 29 casos.

Plasmodium falciparum pode causar a forma mais severa e perigosa da malária com os índices mais altos de complicações e mortalidade quando comparado com o Plasmodium vivax, protozoário que está presente na maioria dos casos de malária no estado.

Três técnicos do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA/FVS-RCP) e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/FVS-RCP) estiveram em Carauari, no período de 5 a 14 de julho, para investigar as causas do aumento da presença do Plasmodium falciparum, avaliando eixos do programa de combate à malária no âmbito municipal, que inclui o diagnóstico e tratamento; controle vetorial; educação em saúde e sistema de informação.

O diretor-presidente da FVS-RCP, Cristiano Fernandes, aponta que a visita técnica também oportuniza o diagnóstico precoce oportuno dos casos de malária pelo Plasmodium falciparum. “Dentro das principais estratégias está a identificação de fragilidade no enfrentamento da doença no município”, comenta.

É importante que o diagnóstico seja feito de forma precoce para que o tratamento seja ofertado de maneira imediata, a fim de que o paciente possa se recuperar da maneira mais rápida e segura possível”, orienta Cristiano.

Anualmente, o esperado é que 10% dos casos de malária registrados sejam do tipo Plasmodium falciparum. Em Carauari, no entanto, os casos da doença por essa espécie do protozoário representam 33% das notificações de casos confirmados de malária no município, já que foram registrados 1.215 casos de malária na cidade pelos dois protozoários.

“O ideal é que Carauari se mantenha abaixo da porcentagem de 10%, porém, podemos notar o triplo do que é esperado. No mesmo período do ano passado, a porcentagem era de 2,4% no município. Ou seja: é uma situação anormal para o local”, aponta a gerente de Doenças de Transmissão Vetorial – Malária do Departamento de Vigilância Ambiental (GDTV-Malária/DVA/FVS-RCP), Myrna Barata.

Ainda segundo Myrna, é necessário que a população colabore para que haja uma redução de casos. “É importante a participação comunitária nas medidas de prevenção, como utilização de mosquiteiros e uso de repelentes. Caso sinta febre ou dor de cabeça, buscar diagnóstico e, se apontar como positivo, iniciar o tratamento de imediato”, recomenda.

Municípios – Até junho deste ano, os municípios que mais registraram casos de malária foram: São Gabriel da Cachoeira (3.847), Barcelos (3.587), Manaus (1.382), Tapauá (1.319), Santa Isabel do Rio Negro (1.261), Carauari (1.215), Tefé (959), Guajará (925), Atalaia do Norte (737) e Lábrea (665).

Referência – A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, o que inclui o monitoramento de doenças transmitidas por vetores, como a malária. A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Contato telefônico da FVS-RCP (92) 3182-8550 e 3182-8551.

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