AMAZONASCIDADANIADESTAQUE

Frente Amazônica Indígena promove debate sobre genocídio e violação de direitos

Programação será transmitida pelo canal da Adua no YouTube, nos dias 29 e 30 de abril. Não há necessidade de prévia inscrição

A Frente Amazônica de Mobilização em Defesa dos Direitos Indígenas (FAMDDI), vai realizar uma programação especial do “abril indígena” a partir desta quinta-feira (29/4) e na sexta-feira (30/4), de forma virtual para debater a “violação dos direitos e genocídio no Amazonas”.

A atividade é uma realização da Frente, com apoio do Acampamento Terra Livre (ATL) 2021, Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) e do Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas (FOREEIA).  Toda a programação será transmitida em formato de live pelo canal da ADUA no YouTube e não há necessidade de prévia inscrição.

A programação de amanhã, 29, (quinta-feira) começa às 8h30 e segue até às 16h e no dia 30 (sexta-feira) será das 7h45 às 12h30.

Participam representantes indígenas Kanamari, Maraguá, Munduruku, Yanomami, Sateré Mawé, Kokama, Witoto, Baré, Marubo e Guajarara, assim como representes do Ministério Público Federal (MPF), deputado e deputada, direitos humanos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), ADUA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Conselho Indigenista Missionário (CIMI).

Programação

A abertura terá uma cerimônia pluricultural, com a apresentação da conjuntura nacional, depoimentos, relatos e mesa de debate sobre violações de direitos humanos indígenas e genocídio no Amazonas.

Na programação, a partir das 9h30 o debate: Conjuntura Nacional e Direitos Humanos Indígenas – Território, Saúde, Educação a ser apresentado pelo FOREEIA.

Às 10h, haverá depoimentos e relatos sobre violações de direitos humanos indígenas no Amazonas com as graves ameaças aos Índios autônomos, livres ou isolados do Vale do Javari – Kora Kanamari, o processo de genocídio do povo Juma com a morte do último homem Aruká pelo covid-19.

Também na pauta os massacres de indígenas e ribeirinhos no Rio Abacaxi/AM a ser apresentado por lideranças Maraguá e Mundurucu de Nova Olinda do Norte (AM), as invasões sistemáticas de garimpeiros na Terra Yanomami, a ser apresentada por José Mário Yanomami, coooordenador da Associação Yanomami do rio Cauaburis (AYRCA).

As invasões de madeireiros e o abandono do poder público no município de Maués serão denunciadas por lideranças Sateré Mawé, assim como de outras etnias.

Mesas e debates

Na mesa de debate sobre as  “Violações de Direitos Humanos Indígenas e genocídio” estarão Cristiane Baré, advogada indígena Baré e Assessora Jurídica da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Eliésio Marubo, advogado indígena Marubo e secretário da OAB/AM subseção Alto Solimões, Paulo Pankararu, advogado indígena Pankararu, sócio do Dora Oliveira – Sociedade Advocatícia, Rede de Advogados Indígenas do Brasil, Judite Guajajara, advogada indígena Guajajara, Rede de Advogados Indígenas do Brasil, José Alcimar de Oliveira (ADUA/UFAM), Jesem Orellana (Fiocruz),  Lucas Ferrante (INPA), Fernando Merloto / MPF-AM.

Na mesa de debate sobre “Violações de Direitos Humanos Indígenas e genocídio (o que dizem as instituições de direitos humanos e juristas?)” estarão

Carlos Marés, advogado e jurista, ex-procurador Geral do Estado do Paraná, Caupolican Padilha, advogado e presidente da Comissão de Direitos Humanos OAB/AM, Débora Duprat, advogada e jurista que foi membro do Ministério Público Federal, Coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, Subprocuradora Geral da República e Procuradora Geral da República Interina.

Também estarão na mesa Kenarik Boujikian Felippe, ex-juíza de Direito e desembargadora do Tribunal de Justiça de SP, Jurema Werneck, médica, feminista, ativista do movimento de mulheres negras brasileiras e dos direitos humanos e Diretora Executiva da Anistia Internacional do Brasil, Ana Valéria, advogada e Superintendente do Fundo Brasil de Direitos Humanos e Darci Frigo, advogado e coordenador da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos.

Foto: Agência Brasil/Divulgação

Pular para o conteúdo