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Pesquisa revela os prejuízos da pandemia sobre a educação de crianças e jovens

A pesquisa virtual Ensino Remoto na Pandemia foi realizada no período de 1º a 12 de abril e ouviu 3.135 pessoas no Estado do Amazonas, entre educadores, alunos, pais e profissionais de várias áreas

A deputada professora Therezinha Ruiz (PSDB) apresentou, nesta terça-feira (13/04), o resultado de uma pesquisa realizada pela Comissão de Educação da Aleam que revela os danos causados pelo isolamento social, em função da covid-19, sobre a educação de crianças e jovens, que tiveram que adotar o ensino on-line na rede pública. A pesquisa virtual Ensino Remoto na Pandemia foi realizada no período de 1º a 12 de abril e ouviu 3.135 pessoas no Estado do Amazonas, entre educadores, alunos, pais e profissionais de várias áreas.

Na avaliação da deputada, trata-se de uma consulta empírica de grande importância porque traça um panorama da realidade enfrentada pelos alunos com a suspensão das aulas presenciais e a adoção das atividades escolares remotas, que exigem a implementação de novas metodologias e ferramentas tecnológicas de transmissão das aulas.

Deputada Therezinha Ruiz (PSDB)

Pelo telão do Plenário, Therezinha mostrou como mais significativo o resultado de cinco das 12 questões da pesquisa. Em primeiro lugar, ela cita o uso do celular como principal recurso tecnológico de acompanhamento das aulas, apontado por 81% dos entrevistados, seguido da televisão e do computador.

No quesito distanciamento social, 67,3% dos entrevistados responderam que o isolamento interferiu na aprendizagem, considerando a relação afetiva entre professor e aluno; 22,8% concordam que interferiu parcialmente, e 9,9% acham que não interferiu.

Na questão da eficiência do aprendizado remoto, 53,8% das pessoas ouvidas, descartaram as aulas remotas como método eficiente. Outras 46,2% aprovam a forma de ensino on-line.

Em outra questão sobre a tendência de crescimento do ensino remoto nas escolas em função do isolamento causado pela pandemia, 77,5% acreditam na possibilidade de expansão do ensino on-line, enquanto 22,5% discordam.

Questionados sobre os recursos oferecidos que permitem aplicar técnicas de avaliação on-line para verificação da aprendizagem, 79,1% afirmam que houve disponibilização dos recursos. Outros 20,9% que não.

Para a deputada Therezinha Ruiz o resultado da pesquisa expõe situações pontuais que precisam ser trabalhadas e respondidas pelas autoridades. Ela cita como exemplo o uso do celular como principal instrumento de acompanhamento das aulas.

“Mas sabemos das dificuldades das famílias carentes em dispor de aparelhos celulares para que os filhos acompanhem as atividades escolares remotas. Além disso tem outras questões que dificultaram o acesso, impedindo que o programa Aula em Casa não atingisse a maioria dos alunos da rede pública”, frisou a deputada.

Reunião com Luis Fabian

Para tanto, Therezinha Ruiz afirmou que vai agendar uma reunião com o secretário estadual de Educação, Luis Fabian, para apresentar os problemas em busca de alternativas para minorar as dificuldades apontadas pelos entrevistados na pesquisa.

“Também temos insistido na prioridade da vacinação dos educadores, para pensar num retorno seguro às aulas presenciais, mesmo reconhecendo o empenho dos professores na adaptação às novas metodologias de ensino, visando atender as necessidades dos alunos”, finalizou.

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